O milho está "anestesiado" pela oferta global, analisa especialista argentina
Volumosas safras de milho estão chegando dos principais pontos do planeta e os fundos de investimento atuam em consequência. Na Argentina, a situação não é diferente. "Os preços locais não estão livres da pressão baixista. O plantio local, atrasado pelas chuvas, provocou o desvio de lotes, que serão utilizados para plantar soja, já que os produtores estão atraídos pelos preços da oleaginosa", disse a especialista da Bolsa de Comércio de Rosario (BCR), Sofia Corina.
Desde meados de setembro, o contrato de milho para dezembro/17 em Chicago está por volta dos US$138/tonelada, abaixo da média dos três últimos anos desde o início de outubro. Por isso, Corina destaca que os preços não encontram sinais suficientes para provocar uma mudança na tendência e assegura que os fatores de pressão estão centrados majoritariamente em alguns fatores baixistas. São eles:
- A colheita norte-americana, que pressiona um mercado já abastecido de milho;
- O "tsunami" de milho brasileiro, que se posiciona agressivamente no mercado global, embora a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projete uma queda na área para este ano;
- O crescimento da área de plantio de milho na Argentina - a previsão é de que haja 400 mil hectares a mais nessa safra;
- Os fundos de investimento aprofundam sua posição vendida.
Tradução: Izadora Pimenta
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