Focado no clima no Meio-Oeste, milho sobe 1% na CBOT e atinge melhor patamar dos últimos 3 meses
O pregão desta terça-feira (6) foi positivo aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal ampliaram os ganhos e finalizaram a sessão com altas entre 3,50 e 4,25 pontos. O julho/17 era cotado a US$ 3,77 por bushel, enquanto o setembro/17 era negociado a US$ 3,85 por bushel. O dezembro/17 terminou o dia a US$ 3,95 por bushel.
De acordo com informações da Reuters internacional, os preços subiram e atingiram as máximas dos últimos três meses com apoio das preocupações com o clima no Meio-Oeste dos EUA. "A preocupação de que o clima estressante nas Planícies poderiam se espalhar para o cinturão produtor de milho trouxeram suporte aos preços", destacou a agência.
"Os fundos estão um pouco assustados com as condições secas nas áreas do norte e tem a preocupação de que se mova para o sudeste em mais áreas de cultivo do milho", reforçou o Agrimoney.com.
Ainda no final da tarde desta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que 68% das lavouras apresentam boas ou excelentes condições. Em torno de 26% das plantações apresentam condições regulares e 6% em têm condições ruins ou muito ruins.
Já o plantio está concluído em 96% da área prevista para essa temporada. "Além disso, os fundos de investimentos carregam grandes posições vendidas em milho, soja e trigo, deixando os mercados vulneráveis a ataques de cobertura de posição curta", informou a Reuters internacional.
Outro fator que também deu suporte aos preços do milho foi a valorização registrada nos preços do trigo. As principais posições do cereal exibiram ganhos entre 6,25 e 7,25 pontos. O vencimento julho/17 fechou o dia a US$ 4,35 por bushel, já o setembro/17 era cotado a US$ 4,50 por bushel.
Mercado brasileiro
A terça-feira (6) foi de ligeiras movimentações aos preços do milho no mercado brasileiro. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Sorriso (MT), o valor caiu 7,69% e a saca voltou a ser negociada a R$ 12,00. Ainda no estado, na região de Campo Novo do Parecis, a queda ficou em 6,25%, com a saca a R$ 15,00. Em Tangará da Serra (MT), a saca encerrou o dia a R$ 17,00, com recuo de 5,56%.
Na localidade de São Gabriel do Oeste (MS), a queda ficou em 5,00%, com a saca a R$ 19,00. Por outro lado, em Luís Eduardo Magalhães (BA), a alta ficou em 4,55%, com a saca a R$ 23,00. Em Rondonópolis (MT), o ganho ficou em 3,89%, com a saca a R$ 18,70.
Os analistas reforçam que as cotações do cereal permanecem pressionadas pela chegada da segunda safra de milho, com o avanço da colheita. "Em curto e médio prazos, o avanço da colheita da segunda safra e a maior disponibilidade interna deverão manter a pressão de baixa sobre os preços do milho no mercado interno", destacou a Scot Consultoria.
Contudo, os participantes do mercado ainda continuam atentos ao clima nos Estados Unidos e também no Brasil, que podem impactar os valores que se torne desfavorável. Outro fator que também pode influenciar os preços é o dólar, que, por sua vez, pode favorecer as exportações brasileiras do cereal.
Já na BM&F Bovespa, os preços apresentaram leves altas no pregão desta terça-feira (6). As principais posições do cereal fecharam o dia com ganhos entre 0,07% e 0,35%. O julho/17 era cotado a R$ 26,11 a saca, já o setembro/17 encerrou a sessão a R$ 26,97 a saca.
As cotações subiram com a valorização registrada nos preços no mercado internacional. Já o dólar finalizou o dia a R$ 3,2765 na venda, com queda de 0,35%. A moeda passou por uma correção depois das altas observadas recentemente. Os investidores ainda aguardam o julgamento da chapa Dilma-Rousseff- Michel Temer.
Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:
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