Em Chicago, safra americana permanece em foco e milho fecha 4ª feira com ligeiras valorizações
Após testar os dois lados da tabela, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a quarta-feira (24) com leves altas. As principais posições da commodity finalizaram o dia com altas entre 1,75 e 2,00 pontos. O vencimento julho/17 era cotado a US$ 3,71 por bushel, enquanto o setembro/17 trabalhava a US$ 3,79 por bushel. O dezembro/17 fechou o pregão a US$ 3,89 por bushel.
Segundo as agências internacionais, o mercado buscou uma recuperação técnica depois das perdas registradas no dia anterior. Entretanto, o bom ritmo do plantio nos EUA e a grande oferta mundial ainda limitaram as valorizações no mercado internacional.
"Enquanto o plantio está em ritmo médio, para que o replantio pode ser muito maior do que se pensava inicialmente. Alguns campos podem simplesmente serem replantados se as condições não mudarem rapidamente", destaca o analista de mercado Karl Setzer, da MaxYield Cooperative.
Nesse instante, o mercado segue de olho no comportamento do clima no Meio-Oeste americano. "As previsões climáticas ainda indicam chuvas em boa parte do Corn Belt nos próximos três dias. Isso poderia atrasar o plantio e, em alguns casos, atrasar o replantio de campos encharcados onde o milho ainda não cresceu", ressaltou o portal Farm Futures.
Mercado brasileiro
Novamente, o dia foi de ligeiras movimentações aos preços do milho praticados no mercado interno. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o preço caiu 4,76% em Campo Grande (MS), com a saca a R$ 20,00. Em Primavera do Leste (MT), a perda foi de 2,94%, com a saca a R$ 16,50. Já em Londrina (PR), a desvalorização ficou em 2,38% e a saca em R$ 20,50.
Ainda no estado paranaense, em Castro, a queda ficou em 1,89%, com a saca a R$ 26,00. Na região de São Gabriel do Oeste (MS), a queda foi de 1,48%, com a saca a R$ 20,00. No Oeste da Bahia, a perda ficou em 0,66%, com a saca a R$ 22,50.
Em contrapartida, a saca subiu 2,78%, em Rondonópolis (MT), com a saca a R$ 18,50. Na localidade de Campinas (SP), a alta foi de 1,81% e a saca fechou o dia a R$ 28,10. No Porto de Paranaguá, o dia foi de estabilidade com a saca futura a R$ 29,00.
De acordo com os analistas, as negociações caminham lentamente no mercado doméstico. Isso porque, os grandes compradores ainda aguardam a chegada da safrinha no mercado. Somente na segunda safra, o país deverá colher 62,68 milhões de toneladas do cereal, segundo última projeção da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Por outro lado, os investidores ainda permanecem atentos ao comportamento do dólar, uma vez que a recente alta contribuiu para a competitividade do produto brasileiro no cenário internacional. A moeda norte-americana fechou o dia a R$ 3,2791 na venda, com alta de 0,39%.
"Com os investidores um pouco mais otimistas, o dólar inverteu o movimento e acabou fechando em alta frente ao real nesta quarta-feira após fortes manifestações contra o presidente Michel Temer e as reformas da Previdência e trabalhistas que aconteceram em Brasília", destacou a agência Reuters.
Além disso, os participantes do mercado ainda aguardam os leilões em apoio à comercialização do cereal. Nesta quinta-feira, a Conab oferta 500 mil toneladas através de leilão de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) e mais 500 mil toneladas através de Pep (Prêmio para o Escoamento de Produto).
Também serão ofertados mais 7,4 mil contratos de opção de venda de milho. Todas as operações contemplam o produto produzido em Mato Grosso.
BM&F Bovespa
A sessão desta quarta-feira foi negativa aos preços do milho praticados na BM&F Bovespa. As principais posições da commodity finalizaram o pregão com desvalorizações entre 0,16% e 1,25%. O setembro/17 era cotado a R$ 26,91 a saca e o novembro/17 a R$ 27,85 a saca.
Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:
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