À espera do boletim do USDA e com foco no plantio nos EUA, milho fecha 3ª feira com leves altas na CBOT
Na sessão desta terça-feira (9), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o dia com ligeiras valorizações, próximos da estabilidade. As principais posições da commodity subiram entre 0,50 e 1,50 pontos. O maio/17 fechou o pregão a US$ 3,58 por bushel, enquanto o julho/17 era negociado a US$ 3,66 por bushel. O setembro/17 era cotado a US$ 3,74 por bushel.
De acordo com informações das agências internacionais, o mercado foi sustentado pelas previsões climáticas para os EUA, que ainda indicam chuvas nas próximas semanas. "As condições para a maior parte do Meio-Oeste e Planície Central as chuvas previstas para as próximas duas semanas deverão manter os campos úmidos", disse Benson Quinn Commodities, em entrevista ao Agrimoney.com.
Nos próximos 8 a 14 dias, os mapas do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - indica chuvas acima da média para grande parte do Corn Belt. Já as temperaturas ficarão acima da normalidade no mesmo período.
Precipitações previstas nos próximos 8 a 14 dias nos EUA - Fonte: NOAA
Temperaturas previstas nos próximos 8 a 14 dias nos EUA - Fonte: NOAA
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Contudo, Darrel Holaday, da Country Futures, destaca que "haverá uma janela mais seca que pode durar até o final da próxima semana. Mas os modelos sugerem um período mais úmido novamente a partir dos dias 17 a 22 de maio. Portanto, a ameaça de umidade e atraso de plantio ainda é favorável aos mercados".
Até o início dessa semana, em torno de 47% da área prevista para essa temporada havia sido cultivada, conforme números oficiais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na semana anterior, o número estava em 34%.
O número ainda está abaixo da média para o período, de 51%. Os consultores reforçam que os produtores americanos têm até o dia 20 de maio para fechar a semeadura do cereal.
Além disso, os investidores ainda ajustaram suas posições antes do relatório de oferta e demanda do USDA. O relatório será reportado nesta quarta-feira (10) e pode direcionar o andamento das negociações no mercado internacional.
Mercado brasileiro
A terça-feira foi de estabilidade aos preços do milho. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o valor caiu 4,00% em Brasília, com a saca do cereal a R$ 24,00.
No oeste da Bahia, o preço também recuou, em torno de 3,26%, com a saca a R$ 22,25. Em contrapartida, em Luís Eduardo Magalhães (BA), a saca subiu 2,17% e encerrou o dia a R$ 23,50. No Porto de Paranaguá, o dia foi de manutenção dos preços, com a saca futura a R$ 29,00.
No mercado doméstico, as negociações ainda caminham lentamente. E, alguns analistas, acreditam que as cotações do cereal já tenham atingido o fundo do poço e que alguma reação possa ser observada. Ainda assim, os produtores precisarão de várias ferramentas para a comercialização da grande safrinha de milho.
Além das exportações e da demanda do mercado interno, os leilões do Governo também serão importantes para a negociação do produto. Na quinta-feira (11), a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) realiza mais três operações de comercialização ao cereal.
Ao todo serão ofertadas 800 mil toneladas de milho de Mato Grosso. Do total, 500 mil toneladas através de leilão de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) e 300 mil toneladas por meio de leilão de Pep (Prêmio para o Escoamento de Produto). E mais 7,4 mil contratos de opção.
BM&F Bovespa
Na BM&F Bovespa, as cotações do cereal recuaram entre 0,18% e 0,51% no pregão desta terça-feira. O maio/17 fechou o dia a R$ 27,90 a saca e o setembro/17 a R$ 26,89 a saca.
Apesar das ligeiras altas em Chicago, as cotações acompanharam a queda registrada no dólar. A moeda norte-americana finalizou o dia a R$ 3,1849 na venda, com perda de 0,34%.
Segundo a Reuters, a moeda realizou lucros em meio à perspectiva favorável sobre o encerramento da votação dos destaques à reforma da Previdência.
Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:
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