Milho tem dia de correção técnica em Chicago após ganhos expressivos e recua mais de 5 pts nesta 3ª feira
O pregão desta terça-feira (2) foi negativo aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity ampliaram as perdas e finalizaram o dia com desvalorizações entre 4,50 e 5,25 pontos. O maio/17 era cotado a US$ 3,64 por bushel, enquanto o julho/17 operava a US$ 3,72 por bushel. O setembro/17 era negociado a US$ 3,79 por bushel.
As cotações do cereal passaram por uma correção após o rally registrado nesse início de semana. Depois de um final de semana chuvoso e com temperaturas mais baixas no Meio-Oeste dos EUA, os preços do milho subiram mais de 11 pontos na sessão desta segunda-feira. Impulsionados por preocupações em relação ao ritmo de plantio da nova safra no país e também da possibilidade de replantio em algumas localidades.
Até o último domingo (30), em torno de 34% da área prevista para essa temporada havia sido cultivada, conforme dados reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O percentual ficou em linha com as apostas dos investidores, porém, abaixo do registrado em igual período do ano anterior, de 43%.
E as previsões climáticas continuam a indicar chuvas para o Meio-Oeste do país nos próximos dias. De acordo com informações reportadas pela Bloomberg, o volume de chuvas será concentrado a partir do leste de Oklahoma e do Kansas, estendendo-se ao leste de Indiana, com Missouri e Illinois. Inclusive, os dois estados do Centro-Oeste podem ter chuvas próximas de 88 mm nos próximos três dias.
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"O excesso de umidade também significa que alguns campos de milho e soja terão que ser replantados. E as baixas temperaturas e os campos encharcados irão impedir o progresso da semeadura", ressaltou a Bloomberg.
Além do replantio, os investidores também especulam uma possível migração de área de milho para a soja devido à janela ideal de cultivo. "O mercado provavelmente retém as preocupações nascentes de que parte do milho que necessita de replantio possa ser mudado para a soja", destacou Tobin Gorey, do Commonwealth Bank of Australia, em entrevista ao Agrimoney.com.
Previsões para os próximos 6 a 10 dias - Chuvas e Temperaturas
Mercado brasileiro
Os preços do milho praticados no mercado doméstico apresentaram ligeiras modificações nesta terça-feira (2). As cotações exibiram leves alterações após o feriado do Dia do Trabalho comemorado nesta segunda-feira (1) no Brasil.
Conforme levantamento do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a cotação cedeu 6,12% em Luís Eduardo Magalhães (BA), com a saca do cereal a R$ 23,00. Em Brasília, o recuo foi de 4,00%, com a saca a R$ 24,00.
Em contrapartida, o preço da saca do cereal subiu 7,69% em Sorriso (MT) e fechou a terça-feira a R$ 14,00. Em Rio do Sul (SC), a valorização ficou em 2,13%, com a saca a R$ 24,00. Na localidade de Ponta Grossa (PR), o ganho foi de 1,96%, com a saca a R$ 26,00.
"Apesar das recentes reações em algumas praças, a cotação média do milho encerrou abril no menor patamar mensal desde setembro de 2014, em termos reais (IGP-DI de mar/17), de R$ 28,32/saca de 60 quilos, conforme o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP)", destacou o Cepea neste início de semana.
Ainda de acordo com dados do centro, as cotações seguem pressionadas pela perspectiva de uma safra recorde em meio às condições climáticas favoráveis. "Vendedores, por sua vez, aguardam os leilões anunciados pelo governo a partir desta semana na tentativa de sustentar as cotações no médio prazo", completa.
Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:
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