Com foco na safra na América do Sul, milho fecha pregão 3ª feira em queda e consolida 2º dia de perda na CBOT
Pelo segundo dia consecutivo, os preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) recuaram. Nesta terça-feira (21), as principais posições da commodity finalizaram o pregão com quedas entre 1,75 e 2,50 pontos. O vencimento maio/17 era cotado a US$ 3,61 por bushel, enquanto o julho/17 era negociado a US$ 3,68 por bushel. Já o setembro/17 encerrou a sessão a US$ 3,76 por bushel.
De acordo com informações da agência Reuters, o mercado do cereal acompanhou as quedas registradas nos contratos do trigo no mercado internacional. Além disso, a perspectiva de uma grande safra na América do Sul ainda permanece como um fator de pressão sobre os preços da commodity, ainda conforme ponderam os analistas.
Enquanto isso, o Agrimoney.com destacou que o movimento de venda de posições vendidas por parte dos fundos de investimentos já é observado desde a semana anterior. "E nessa semana nós estamos fornecendo manchetes para mantê-los - os fundos de investimentos - fora do mercado", disse Tregg Cronin, da Halo Commodities.
Já o analista Richard Feltes, da RJ O'Brien, destacou que "um provável começo lento do plantio nos EUA pode ressoar em algum ponto do mercado, mas os comerciantes ainda seguem cautelosos sobre o próximo boletim com estimativas da safra americana".
Paralelemente, a demanda, que ainda dava suporte aos preços não exercem o mesmo suporte. Ainda hoje, Benson Quinn Commodities disse que os dados das exportações norte-americanas "estão perdendo o poder de sustentar os preços, já que o comércio olha para a grande safra brasileira competindo pela demanda de exportação nos próximos meses".
Mercado brasileiro
A terça-feira foi de ligeira movimentação aos preços do milho no mercado doméstico. Segundo levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Uberlândia (MG), as cotações cederam 6,67%, com a saca a R$ 28,00. Em Palma Sola (SC), a perda ficou em 4,17%, com a saca a R$ 23,00.
Em Mato Grosso do Sul, na praça de São Gabriel do Oeste, o preço caiu 3,85% e a saca fechou o dia a R$ 25,00. Já no Paraná, nas praças de Ubiratã e Londrina, as cotações cederam 2,13% com a saca a R$ 23,00. Na região de Castro, ainda no estado paranaense, a queda foi de 1,89%, com a saca a R$ 26,00.
O mercado permanece pressionado negativamente diante da perspectiva de recomposição na oferta brasileira, com a projeção de uma safrinha recorde. Por outro lado, os participantes do mercado já observam os possíveis reflexos da operação Carne Fraca na demanda pelo cereal, especialmente vinda do setor de ração.
Já na bolsa brasileira, o dia foi de estabilidade aos preços do cereal. O maio/17 subiu 0,81% nesta terça-feira, com a saca a R$ 30,00. Na contramão desse cenário, o março/18 caiu 1,06% e fechou o dia a R$ 29,97 a saca.
Além da influência de Chicago, outro importante componente na composição dos preços o dólar fechou o dia a R$ 3,0900 na venda, com alta de 0,60%. Segundo a Reuters, "o câmbio foi sustentado por fluxo comprador atraído pelo nível baixo de preço e pela aversão ao risco que passou a predominar no mercado externo durante a tarde".
Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:
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