Com chuvas na Argentina e alta do dólar no cenário internacional, milho recua nesta 3ª feira na CBOT
A sessão desta terça-feira (20) foi negativa aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal acumularam quedas entre 2,75 e 3,00 pontos e caíram pelo 4º dia seguido. O vencimento março/17 era cotado a US$ 3,50 por bushel, enquanto o maio/17 trabalhava a US$ 3,57 por bushel. Já o setembro/17 fechou o dia a US$ 3,72 por bushel.
Diante dos fundamentos já conhecidos, os participantes do mercado permanecem focados no andamento da safra na América do Sul, especialmente na Argentina. As previsões de chuvas para essa semana em algumas regiões que registravam um período mais seco trouxeram alívio aos investidores.
"As atenções continuam voltadas para a América do Sul, onde se espera que os campos mais secos da Argentina recebam algumas chuvas benéficas essa semana e na próxima também", informou o site internacional Farm Futures.
Da mesma forma, a alta do dólar no cenário internacional também pesou sobre os preços. "O dólar subiu para uma máxima de 14 anos na terça-feira para colocar pressão sobre todas as culturas norte-americanas, uma vez que a moeda forte pode retardar as vendas de exportação", ainda conforme destacou o portal Farm Futures.
Por sua vez, a dólar foi impulsionado por declarações favoráveis da Janet Yellen, chair do Federal Reserve, banco central americano, que mantiveram vivas as perspectivas de ritmo mais rápido de alta na taxa de juros no país já no próximo ano, de acordo com informações da agência Reuters.
Mercado interno
Nas principais praças pesquisadas pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a terça-feira (20) foi de manutenção dos preços do milho no mercado doméstico. Apenas em algumas regiões, as cotações do cereal apresentaram ligeiras movimentações. No Porto de Paranaguá, o dia foi de estabilidade com a saca do cereal a R$ 36,00.
Em São Gabriel do Oeste (MS), a queda ficou em 5,17%, com a saca do grão a R$ 27,50. Em Campo Novo do Parecis (MT), a perda foi de 4,17%, com a saca a R$ 23,00 e em Panambi (RS), a perda foi de 2,91% e a saca encerrou o dia a R$ 34,02. Na região de Tangará da Serra (MT), a desvalorização foi de 2,08%, com a saca a R$ 23,50. Apenas em Sorriso (MT), o preço subiu, cerca de 4,55%, com a saca a R$ 23,00.
A maior presença dos compradores no mercado e a postura mais firme dos vendedores tem dado suporte aos preços do cereal, conforme reportou o Cepea neste início de semana. Porém, ainda é preciso acompanhar os dados das exportações e importações de milho do país. O bom encaminhamento da safra de verão também é um fator de pressão negativa sobre os preços do cereal, ainda segundo reportam os analistas.
Ainda nesta terça-feira, o Rabobank estimou a produção de milho no país em 84 milhões de toneladas na safra 2016/17. Do total, cerca de 28 milhões de toneladas são da 1ª safra e o restante, de 56 milhões de toneladas, da safrinha.
Já na BM&F Bovespa, as cotações futuras do milho fecharam a sessão em campo misto, com leves oscilações. Após operar em campo positivo em grande parte do dia, os vencimentos mais distantes recuaram e acumularam quedas entre 0,24% e 0,41%, com o setembro/17 a R$ 33,10 a saca. Por outro lado, as posições mais curtas sustentaram os ganhos e registraram altas entre 0,22% e 0,41%. O janeiro/17 encerrou o dia a R$ 39,35 a saca.
Além das quedas exibidas na Bolsa de Chicago, os preços, mais uma vez, acompanharam o comportamento do dólar. Nesta terça-feira, o câmbio caiu mais de 0,83% e finalizou o dia a R$ 3,3436 na venda. Na mínima do dia, a moeda norte-americana chegou a R$ 3,3399.
Segundo dados da Reuters, a moeda recuou pelo segundo dia seguido com maior fluxo de vendas em função ao menor volume de negócios em meio à proximidade das festas de fim de ano. O Banco Central brasileiro também não interveio no mercado de câmbio.
Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:
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