Milho tem leves baixas em Chicago, apesar da demanda forte, e recua também na BM&F
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago seguem operando com estabilidade na sessão desta quinta-feira (3). Por volta das 13h (horário de Brasília), os principais contratos subiam pouco mais de 1 ponto, porém, na sequência passavam para o lado negativo da tabela, com pequenas baixas de 0,50 a 1 ponto. O dezembro/16, perto de 13h15, era cotado a US$ 3,45 por bushel. Já o março/17 valia US$ 3,54 na tarde de hoje.
Apesar de modestas, as altas, como explicam analistas internacionais, ainda são sustentadas pela demanda intensa pelo produto norte-americano. As vendas dos EUA já ultrapassam as do ano comercial anterior em 85% e chegam a 24.756,9 milhões de toneladas.
Somente na semana encerrada no último dia 27, o país vendeu 1.473,5 milhão de toneladas e todo o volume foi referente à safra 2016/17. Maiores do que as da semana anterior, as vendas norte-americanas superaram as expectativas dos traders, que variavam de 700 mil a 1,050 milhão de toneladas.
Ainda entre as informações da demanda, o USDA trouxe ainda o reporte de uma nova venda - com origem opcional - de 136 mil toneladas de milho para a Coreia do Sul. Além dessa, outra venda foi anunciada, neste caso de cereal norte-americano para o México de 432 mil toneladas.
Além disso, o mercado ainda busca garantir uma recuperação em relação às últimas sessões, em que os preços foram severamente pressionados pelo financeiro. As notícias políticas nos EUA ainda rondam os investidores, que acompanham, principalmente, as eleições norte-americanas - oficialmente acontecendo no dia 8 de novembro - e as pesquisas sobre o desenrolar de Donald Trump e Hillary Clinton nas pesquisas.
A manutenção da taxa de juros nos Estados Unidos divulgada nesta quarta-feira (2) pelo Federal Reserve também acaba sendo considerada, já que mantém o movimento do dólar um pouco mais tímido e seu impacto sobre as commodities, portanto, mais limitado.
BM&F
Na BM&F, na tarde desta quinta-feira, os primeiros contratos do cereal também cediam. Com Chicago em queda e mais um recuo do dólar frente ao real, as posições novembro/16 e janeiro/17 perdiam mais de 1,2% e eram cotadas, em ambos os casos, a R$ 40,50 por saca.
O contrato maio/17, por sua vez, valia R$ 36,13, subindo 0,11%, enquanto o setembro/17 se mantinha estável, sem variação, com R$ 32,80 por saca, por volta das 13h30 (Brasília).
A baixa da moeda norte-americana, segundo explicam analistas, ainda é reflexo da ansiedade e apreensão dos investidores, sobretudo, sobre as eleições nos Estados Unidos.
"Hoje, o clima está mais calmo, mas o mercado está acompanhando essas eleições bem de perto", comentou à agência um profissional da mesa de câmbio de uma corretora nacional em entrevista à agência de notícias Reuters.
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