Em Chicago, milho amplia valorizações e registra alta de mais de 1% na manhã desta sexta-feira
Na manhã desta sexta-feira (14), as principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento positivo. Com isso, por volta das 7h45 (horário de Brasília), os contratos da commodity exibiam altas entre 4,50 e 5,00 pontos. O vencimento dezembro/16 era cotado acima do patamar de US$ 3,50 por bushel, a US$ 3,54 por bushel. O março/17 era negociado a US$ 3,64 por bushel, já o julho/17 trabalhava a US$ 3,77 por bushel.
Os futuros do cereal tentam ampliar as valorizações registradas no dia anterior. Ainda nesta quinta-feira, os preços do milho subiram mais de 12 pontos, com alta de mais de 3%. As cotações foram impulsionadas pelos fundos de investimentos que voltaram à ponta compradora do mercado. Do mesmo modo, os fortes ganhos registrados no trigo também ajudaram a sustentar os preços do milho.
"Os preços dos dois grãos são interligados, especialmente nesse momento quando é grande o volume de trigo no mundo de baixa qualidade. Consequentemente, esse produto terá que competir com o milho na fabricação de rações", informou o site Agrimoney.com.
Ainda nesta sexta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu novo boletim de vendas para exportação, importante indicador da demanda. Na semana passada, o número ficou em 2.601,8 milhão de toneladas.
Por outro lado, o andamento da colheita do milho no Meio-Oeste americano permanece sendo acompanhado de perto. No início da semana, o departamento americano reportou que cerca de 35% da área plantada já havia sido colhida. Os números serão atualizados na próxima segunda-feira (17).
Confira como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Milho sobe mais de 3% nesta 5ª feira em Chicago com alta do trigo e recompra de posições dos fundos
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta quinta-feira (13) em campo positivo. As principais posições da commodity ampliaram os ganhos ao longo do dia e fecharam a sessão com fortes altas entre 12,00 e 12,50 pontos, uma valorização de mais de 3%. O vencimento dezembro/16 era cotado a US$ 3,49 por bushel, enquanto o março/17 trabalhava a US$ 3,59 por bushel. O maio/17 era negociado a US$ 3,66 por bushel.
Na visão da analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi, o mercado passou por uma ajuste técnico depois das perdas recentes. Ainda nesta quarta-feira, os contratos do cereal recuaram mais de 8 pontos, reflexo dos números do boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). "Os fundos carregam muitas posições vendidas, o que permite essas movimentações. Tivemos a cobertura das posições vendidas", completa.
No boletim desta quarta-feira, o departamento revisou para baixo a projeção da safra americana de milho de 383,38 milhões para 382,48 milhões de toneladas. Da mesma forma, o rendimento médio das lavouras dos EUA também apresentou ligeiro recuo e passou de 184,57 sacas para 183,52 sacas do cereal por hectare.
Além disso, a analista pondera que, os produtores americanos estão mais cautelosos nas vendas, o que também contribui para a firmeza dos preços. "Os agricultores dos EUA têm segurado um pouco mais as vendas devido às cotações mais baixas registradas recentemente. Com isso, temos um mercado mais firme também", ratifica Ana Luiza.
Paralelamente, os participantes do mercado ainda esperam pelo boletim de vendas para exportação do USDA. Devido ao feriado de Columbus Day essa semana no país, os números serão reportados nesta sexta-feira (14). Na semana anterior, o número ficou em 2.601,8 milhão de toneladas - sendo 2.060,8 milhões da safra 2016/17 e 541 mil da 2017/18 - contra expectativas de 1,1 milhão a 1,4 milhão de toneladas.
Outra variável que também impulsionou os preços do cereal em Chicago foi a forte valorização registrada no trigo. Por sua vez, as posições do trigo fecharam o dia com altas entre 18,25 e 19,25 pontos, uma valorização de mais 4%, com suporte da demanda pelo produto americano. O dezembro/16 retomou o patamar de US$ 4,00 por bushel e finalizou a sessão a US$ 4,16 por bushel.
"A queda do dólar Index registrada ainda hoje também foi um fator altista aos mercados, uma vez que favorece a competitividade das commodities", explica Ana Luiza.
Por outro lado, o andamento da colheita no Meio-Oeste dos EUA permanece no radar dos investidores. Até o início dessa semana, cerca de 35% da área já havia sido colhida, contra os 24% registrados na semana anterior. No mesmo período do ano passado, o índice era de 38%.
Conforme dados divulgados pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - no período de 20 a 26 de outubro, grande parte do cinturão produtor ainda deverá registrar chuvas acima da média. As temperaturas também deverão ficar acima da normalidade no mesmo intervalo.
Mercado brasileiro
Na BM&F Bovespa, a sessão desta quinta-feira foi de ligeira queda aos preços do milho. As principais posições do cereal apresentaram perdas entre 0,37% e 0,85%. O vencimento novembro/16 era cotado a R$ 43,10 a saca e o janeiro/17 a R$ 43,28 a saca. O março/17 finalizou o dia a R$ 40,35 a saca.
No mercado interno, as cotações apresentaram mais um dia de estabilidade. Em Itapeva (SP), o preço caiu 9,09%, com a saca do cereal a R$ 34,19. Na região de Sorriso (MT), a perda foi de 1,75%, com a saca a R$ 28,00. Na contramão desse cenário, o valor subiu em Avaré (SP), em torno de 7,89%, com a saca a R$ 40,05.
O ajuste entre a oferta e demanda no Brasil, permanece como um fator de sustentação aos preços no mercado doméstico. "Acreditamos que esse cenário só será modificado com a entrada da próxima safrinha. Apesar do aumento na safra de verão, não temos nada muito expressivo e, essa já é uma produção absorvida pelo mercado interno, com demanda já garantida", afirma Ana Luiza.
Em relação à decisão da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) em aprovar o uso de três novas variedades transgênicas dos EUA no Brasil, a analista de mercado ainda reforça que o volume que deve ser importado sem o imposto é relativamente pequeno, cerca de 1 milhão de toneladas. "E ainda corre um prazo de 30 dias para a contestação dessa medida. Até o momento, os line-ups de importação dos próximos 30 dias não indica nenhuma carga agendada dos EUA", sinaliza.
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