Diante da perspectiva de grande safra nos EUA e o início da colheita, milho testa novas quedas nesta 6ª feira
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta sexta-feira (16) do lado negativo da tabela. As principais posições do cereal exibiam quedas de 1,25 pontos, por volta das 8h15 (horário de Brasília). O vencimento dezembro/16 era cotado a US$ 3,28 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 3,39 por bushel. O julho/17 trabalhava a US$ 3,52 por bushel.
As cotações da commodity ampliam as perdas registradas no dia anterior. Ainda nesta quinta-feira, os preços encerraram a sessão com quedas entre 1,75 e 2,50 pontos. O mercado foi pressionado pelo fraco desempenho das vendas para exportação, que ficaram em 724,6 mil toneladas, na semana encerrada no dia 8 de setembro, abaixo das expectativas dos participantes do mercado, segundo as agências internacionais.
Além disso, a perspectiva de uma grande safra nos Estados Unidos continua sendo de pressão aos preços do cereal. Do mesmo modo, o início da colheita em algumas localidades do Meio-Oeste americano também contribui para elevar a pressão negativa sobre as cotações.
Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:
Milho: Com queda nas vendas semanais e colheita nos EUA, mercado fecha 5ª feira em campo negativo na CBOT
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta quinta-feira (15) com leves baixas. Ao longo do dia, os preços até tentaram se manter em campo positivo, porém, voltaram a recuar e fecharam o dia com perdas entre 1,75 e 2,50 pontos. O contrato dezembro/16 era cotado a US$ 3,30 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 3,40 por bushel. O maio/17 terminou a sessão a US$ 3,47 por bushel.
"No milho, os preços encerraram o dia mais baixos depois da queda nas vendas para exportação. Além disso, a falta de notícias importantes e o início da colheita", pondera o analista de mercado e editor do portal Farm Futures, Bob Burgdorfer.
Ainda nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que, na semana encerrada no dia 8 de setembro, as vendas semanais somaram 724,6 mil toneladas. O número ficou abaixo das perspectivas dos participantes do mercado que estavam entre 800 mil a 1,1 milhão de toneladas.
No caso da safra velha, as vendas do cereal totalizaram 703,5 mil toneladas. Da nova temporada, o número ficou em 21,1 mil toneladas do grão.
Paralelamente, o início dos trabalhos nos campos norte-americanos também está no radar dos participantes do mercado. No início dessa semana, o departamento divulgou que cerca de 5% da área plantada já havia sido colhida.
"As chuvas desta semana podem retardar a colheita, especialmente nos estados de Iowa e Indiana. Em Illinois, fontes afirmaram que a colheita pode ganhar ritmo caso a o clima permaneça seco", reforça Burgdorfer.
No período de 21 a 25 de setembro, o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - indica chuvas acima da média em grande parte do Meio-Oeste dos EUA. Do mesmo modo, as temperaturas deverão ficar acima da média no mesmo intervalo.
Mercado brasileiro
Na bolsa brasileira, as principais posições do milho fecharam a sessão desta quinta-feira (15) com leves quedas. Os vencimentos da commodity perderam entre 0,03% e 1,09%. O contrato novembro/16 era cotada a R$ 42,70 a saca e o janeiro/17 a R$ 42,80 a saca. O março/16 fechou o dia a R$ 41,59 a saca.
Enquanto isso, no mercado interno o dia foi de estabilidade nas principais praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas. Na região de Araçatuba (SP), a queda foi de 10,01%, com a saca do milho a R$ 35,17. Em São Gabriel do Oeste (MS), o preço subiu 1,67%, com a saca a R$ 30,50. Em Paranaguá, a saca encerrou o dia a R$ 32,00.
Os analistas ainda ressaltam que, no mercado doméstico, os negócios caminham lentamente. Isso porque, os compradores se retraíram e acompanham a evolução das importações do cereal. No acumulado dos 8 primeiros meses do ano, o Brasil já importou mais de 1,1 milhão de toneladas do grão para abastecer o mercado.
Por outro lado, as exportações também sido acompanhadas de perto. E, apesar da quebra na segunda safra de milho, os embarques continuam sendo realizados. É consenso entre os especialistas de que as exportações serão menores do que o registrado no ano anterior.
Ainda hoje, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) realizou mais duas operações de vendas dos estoques públicos, com oferta de 50 mil toneladas. O volume adquirido chegou a 79%, o equivalente a 39,6 mil toneladas de milho.
O andamento da safra de verão também segue em pauta. No Paraná, em torno de 19% da área já foi plantada com o cereal, conforme dados do Deral (Departamento de Economia Rural). No Rio Grande do Sul, a região mais adiantada é Santa Rosa, com 65% da área semeada.
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