Milho: Com suporte do câmbio, preços sobem na BM&F e contrato jan/16 se aproxima dos R$ 38,00/sc
As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa operam em campo positivo na sessão desta segunda-feira (4). Por volta das 12h59 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam valorizações entre 0,03% e 1,51%. O contrato janeiro/16 era cotado a R$ 37,70 a saca.
Mais uma vez, as cotações do cereal encontram suporte na valorização do dólar. Nesta segunda-feira, a moeda norte-americana era cotada a R$ 4,0342 na venda, com alta de 2,18%, depois de subir 1,83% na última sessão de 2015 e encerrar o ano com ganho de 48,49%, conforme divulgou a agência Reuters.
O movimento positivo é uma aversão ao risco, depois dos dados da atividade industrial da China mostrar uma retração pelo 10º mês seguido, o que reacendeu as preocupações sobre a economia da nação asiática. A desvalorização do real frente ao dólar tornou o produto brasileiro mais competitivo no cenário internacional e segue favorecendo a realização de contratos referentes ao grão a ser colhido em 2016, de acordo com informações reportadas pelo Cepea.
"Na BM&FBovespa, os contratos que vencem até setembro de 2016 estão operando em níveis superiores aos observados no mesmo período de 2014, para vencimento em 2015. Com maior competitividade internacional, vendedores adiantaram consideravelmente a comercialização da nova safra", informou o Cepea em nota.
Bolsa de Chicago
Durante o pregão desta segunda-feira (4), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. As principais posições do cereal exibiam quedas entre 2,75 e 3,50 pontos, por volta das 13h20 (horário de Brasília). O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,55 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,58 por bushel. Já o contrato maio/16 era negociado a US$ 3,61 por bushel.
O mercado dá continuidade ao movimento negativo registrado na semana anterior. De acordo com informações de agências internacionais, os investidores acompanham os dados da demanda. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou as vendas para exportação em 705,2 mil toneladas de milho, na semana encerrada no dia 24 de dezembro. O número representa uma queda de 12% em relação à semana anterior e de 3% na média das últimas quatro semanas.
Paralelamente, os participantes do mercado também estão atentos às informações vindas do mercado financeiro. Nesta segunda-feira, os mercados acionários chineses despencaram cerca de 7% na primeira operação de 2016. Diante das pesquisas da atividade industrial fraca e com a queda do iuan aumentando as apreensões sobre a economia em dificuldade, o que forçou as bolsas a suspenderam as operações pela primeira vez.
Além disso, a safra da América do Sul continua em foco, especialmente a da Argentina. Isso porque, os participantes do mercado ainda avaliam qual o impacto da retirada das tarifas para exportação, o que pode elevar as vendas por parte dos produtores rurais.
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