Após sessão volátil, preços do milho encerram com leves baixas em Chicago nesta 4ª feira
Nesta quarta-feira (23), as cotações futuras para o milho na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a encerrar em baixa, após uma sessão de volatilidade e poucas novidades. Durante a manhã, os principais vencimentos registravam leves ganhos com uma movimentação técnica, mas acabou virando com o decorrer do dia.
Os contrataos tiveram variações entre 0,20 pontos e 0,13 pontos. Com isso, março/16 encerrou cotado a US$ 3,65 por bushel e maio/16 a US$ 3,71 por bushel. Já o vencimento julho/16 passou a ser negociado em US$ 3,77 por bushel e setembro/16 a US$ 3,82 por bushel.
Nesta semana, o mercado têm se comportado de maneira técnica e investidores estão ansiosos com o feriado prolongado, o que resultou em pouco volume de negócios e volatilidade para o pregão. Pelo lado fundamental, há uma atenção para o cenário climático para o Brasil e a Argentina continua pesando.
Na última semana, o país havia retirado as taxas de exportação para os grãos - milho e trigo -, que deve incentivar produtores argentinos a ofertar estoques em condições mais vantajosas que dos Estados Unidos. Analistas apontam que a maior oferta pode trazer pressão para as cotações do ceral em Chicago.
Além disto, as baixa nas cotações do trigo podem ter influenciado os preços do milho no mercado externo, de acordo com informações de sites internacionais. Segundo matéria da Reuters, o país mudou as regras de pagamento para as importações de trigo, devido a crise cambial. Atualmente, o Egito é um dos maiores importadores do mundo, com compras em cerca de 10 milhões de tonelada por ano.
A Argentina também elevou a safra de trigo para a temporada 2015/16, que deve chegar a 10,9 milhões de toneladas. De acordo com dados do Ministério da Agroindústria, o aumento da área semeada foi de 2,5%, que resultou em 4,1 milhões de hectares.
Já para a safra de milho, o governo argentino apontou que deve ocorrer um crescimento para área semeada, justamente após a eliminação das taxas de importação e acredita que os números de divulgados na semana anterior possam aumentar.
Mercado interno
No Brasil, o dólar voltou a encerrar em queda pela segunda sessão consecutiva, após um dia com pouco volume de negócios. A moeda fechou em R$ 3,95 e caiu quase 1%. Nesta semana, o câmbio havia ultrapassado os R$ 4, o que trouxe suporte para os preços nos portos brasileiros. Com isso, o valor por saca de 60 kg voltou a encerrar estável no Porto de Paranaguá, que fechou o dia a R$ 37.
Na BM&F Bovespa, os contratos para o cereal encerraram com leves baixas. O vencimento janeiro/16 caiu 0,70% e fechou a R$ 36 por saca de 60 kg. Já março/16 perdeu 0,39% e passou a ser negociado a R$ 38 por saca, enquanto maio/16 encerrou o dia a R$ 36,70 por saca, após perder 1,21%.
Exportações
No Brasil, as exportações para o cereal continuam registrando volumes recordes. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou nesta terça-feira (22), resultados parciais de embarques para o mês de dezembro. Em apenas 14 dias úteis, as exportações de milho continuam registrando desempenho acima da média do mês de novembro e dezembro.
Em volume, os embarques chegam a 4,41 milhões, com média diária de 315,2 mil toneladas. Os números são 32,5% maiores que o desempenho diário de novembro e 103,6% que dezembro de 2014. Já em receita, a soma ficou em US$ 728,3 milhões.
Acesse as cotações na íntegra para o mercado de milho:
» Milho
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