Milho: À espera do USDA, investidores ajustam posições e mercado tenta se manter em campo positivo na CBOT
As cotações futuras do milho operam bem próximas da estabilidade na sessão desta terça-feira (8) na Bolsa de Chicago (CBOT). Por volta das 12h55 (horário de Brasília), as principais posições exibiam ganhos de mais de 1 ponto. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,69 por bushel, mesmo patamar registrado no início do pregão.
O mercado busca um direcionamento depois das perdas mais fortes registradas no pregão anterior e também se preparam para o próximo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado nesta quarta-feira (9). Ainda ontem, as cotações do cereal fecharam o pregão com perdas expressivas, entre 7,75 e 8,50 pontos. O mercado foi pressionado pela alta do dólar no cenário internacional e a queda mais forte registrada no preço do petróleo.
"As estimativas indicam que o USDA deverá manter os números divulgados anteriormente, porém, os estoques finais de milho dos EUA poderia ser uma das poucas surpresas", disse Darin Newsom, analista sênior da DTN Progressive Farmer. A expectativa é que os estoques finais americanos da safra 2015/16 fiquem em 44,94 milhões de toneladas. Em novembro, o departamento reportou os estoques em 44,70 milhões de toneladas.
"Muito provavelmente, este ajuste para cima é devido a outra queda nas exportações compensando um eventual aumento da demanda de alimentação", completa o analista. Já os estoques finais globais, deverão registrar um aumento de 0,3 milhão de toneladas, conforme a projeção dos participantes do mercado. No mês anterior, o órgão surpreendeu o mercado ao indicar os estoques mundiais em 211,91 milhões de toneladas, em outubro o número estava em 187,83 milhões de toneladas.
Paralelamente, os investidores ainda acompanham as informações vindas do lado da demanda e também da América do Sul. Os participantes do mercado estão atentos ao comportamento do clima nas lavouras de milho, principalmente no Brasil e na Argentina. No Rio Grande do Sul, a cultura ainda apresenta bom desenvolvimento na fase reprodutiva, conforme reportou a Emater em seu último boletim. Contudo, o excesso de chuvas ainda é observado, já que as precipitações prejudicaram a aplicação de nitrogênio.
Enquanto isso, na Argentina, a preocupação é com o impacto da promessa feita pelo candidato eleito, Maurício Macri, da retirada as tarifas para exportação. Há muita especulação de que a medida já deve ser adotada a partir desse mês e poderia estimular um incremento na área cultivada com o grão nesta temporada.
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