Milho: Mercado reduz perdas, mas mantém tom negativo no pregão desta 2ª feira na CBOT
As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) reduziram as quedas, porém, mantêm o tom negativo no pregão desta segunda-feira (7). Os vencimentos do cereal exibiam perdas entre 1,25 e 1,75 pontos, por volta das 12h34 (horário de Brasília). O contrato dezembro/15 era cotado a US$ 3,74 por bushel, mesmo patamar registrado no início da sessão de hoje.
O mercado acabou encontrando certa sustentação no anúncio da venda de 115 mil toneladas do grão ao México, segundo dados das agências internacionais. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2015/16. As informações foram reportadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Além disso, o USDA ainda divulga nesta segunda-feira o novo boletim de embarques semanais, importante indicador da demanda. Na semana anterior, os embarques ficaram em 298,692 mil toneladas do grão no mesmo período. O volume ficou abaixo do indicado na semana anterior, de 494,957 mil toneladas e das expectativas dos investidores, entre 450 mil a 650 mil toneladas.
No acumulado da temporada, os embarques do cereal somam 6.714,251 milhões de toneladas, uma queda de 26,2% frente ao registrado no mesmo período do ano passado. Em igual intervalo de 2014, os embarques do grão estavam em 9.095,462 milhões de toneladas.
Os analistas explicam que, com a finalização da safra americana, o foco dos participantes do mercado segue nos dados vindos do lado da demanda e também na América do Sul. Nesse instante, os investidores acompanham as especulações sobre a safra da América do Sul devido ao clima irregular.
Ainda na semana anterior, a Informa Economics reduziu a sua projeção para a safra brasileira para 81,3 milhões de toneladas nesta temporada. Já a consultoria Safras & Mercado apontou a produção brasileira de milho da safra 2015/16 em 89,296 milhões de toneladas.
Já na Argentina, os rumores estão em torno da retirada das tarifas para a exportação de milho. A promessa foi feita pelo candidato eleito à presidência do país, Maurício Macri. "Para o cereal, a retirada dos impostos, ao redor de 20%, poderia incentivar mais o plantio de milho em detrimento da soja", informou o site internacional Agrimoney. Inclusive, a perspectiva é que os produtores argentinos aumentem a área destinada ao cereal já nesta temporada.
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