Na CBOT, milho tenta se manter em campo positivo e opera próximo da estabilidade nesta 4ª feira
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) exibem ligeiras movimentações na sessão desta quarta-feira (18). As primeiras posições do cereal registravam leves ganhos de 0,50 pontos e as posições mais longas quedas de 0,50 pontos, por volta das 13h05 (horário de Brasília). O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,62 por bushel.
Nesse momento, os analistas explicam que, faltam informações que possam impulsionar os preços do cereal no mercado internacional. Apesar da retração nas vendas, por parte dos produtores norte-americanos, o sentimento de um aumento expressivo na produção mundial ainda limita o avanço das cotações.
Em relação à safra dos EUA, os agricultores caminham para a finalização da colheita. Até o último domingo (15), pouco mais de 96% da área semeada nesta temporada havia sido colhida, conforme dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Confira como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: Diante da falta de novidades, mercado fecha sessão desta 3ª feira com ligeiros ganhos em Chicago
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta terça-feira (17) com leves altas. As principais posições do cereal finalizaram o dia com ganhos entre 0,25 e 2,00 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,62 por bushel, já o março/16 era negociado a US$ 3,68 por bushel.
O mercado tem operado com ligeiras movimentações diante da falta de novidades, que possam impulsionar as cotações da commodity. "O mercado está extremamente acomodado. E os produtores americanos seguem com as vendas mais limitadas do que em anos anteriores. Mas não sabemos até quando irão segurar o produto", ressalta o economista e analista de mercado da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter.
No caso da safra americana, os produtores americanos caminham para a finalização da safra. Até o último domingo, pouco mais de 96% da área já havia sido colhida e a expectativa é que os agricultores terminem os trabalhos nos campos ainda essa semana. Com isso, os analistas sinalizam que, o foco dos investidores segue na safra da América do Sul.
Ainda hoje, um dos mais importantes consultores agrícolas, Michael Cordonnier, manteve a projeção para a safra brasileira em 81,2 milhões de toneladas do grão. Para a Argentina, a estimativa é que sejam colhidas em torno de 21,6 milhões de toneladas do cereal nesta temporada.
Cordonnier ainda diz que a área plantada com o milho no país é incerta, devido à situação política. No próximo dia 22 de novembro, a população voltará às urnas para o segundo turno da eleição presidencial. "Os agricultores esperam que Mauricio Macri (da oposição) ganhe, pois ele prometeu eliminar o imposto de exportação sobre o milho e reduzir o da soja em até 5%. Como resultado, a área cultivada ainda podem sofrer alterações", finaliza.
Mercado interno
O dia foi de estabilidade para o preço da saca do milho no Porto de Paranaguá. A saca permaneceu em R$ 34,00 nesta terça-feira. O movimento é decorrente das ligeiras altas registradas no mercado internacional e do dólar, que encerrou a sessão próximo da estabilidade.
A moeda norte-americana finalizou a sessão a R$ 3,8170 na venda, com perda de 0,04%. Ainda segundo dados da agência Reuters, o movimento é decorrente da cautela por parte dos investidores em meio às votações no Congresso relacionadas ao ajuste fiscal e depois do Banco Central reforçar a sua intervenção no mercado ao ofertar dólares com compromisso de recompra.
"No Brasil, o milho irá depender muito do câmbio, que parece mais acomodado nesse momento e da necessidade de limpar armazéns. Os estoques devem ficar mais enxutos porque acredito que as exportações vão atingir 30 milhões de toneladas. Também irá depender do clima, para o bem ou para o mal", explica Motter.
No acumulado do mês de novembro, os embarques de milho já superam as 2.242,3 milhões de toneladas, com média diária de 249,1 mil toneladas. O volume representa uma ligeira queda, de 5,7%, em comparação com o mês anterior. As informações foram reportadas pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior). No mesmo período, as exportações renderam ao Brasil uma receita de US$ 376,3 milhões, com média diária de US$ 41,8 milhões.
0 comentário
B3 antecipa movimento de queda dos preços do milho que ainda não apareceu no mercado físico
Demanda por milho segue forte nos EUA e cotações futuras começam a 6ªfeira subindo em Chicago
Radar Investimentos: Milho brasileiro encontra barreiras no mercado internacional
Milho emenda sexta queda consecutiva e B3 atinge menores patamares em um mês nesta 5ªfeira
Getap 2024: premiação deve ter altas produtividades para o milho inverno 24
Cotações do milho recuam nesta quinta-feira na B3 e em Chicago