Milho: Mercado dá continuidade ao movimento negativo e exibe leves quedas nesta 5ª feira em Chicago

Publicado em 12/11/2015 07:22

As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento negativo na sessão desta quinta-feira (12). As principais posições do cereal exibam perdas entre 0,50 e 1,75 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,61 por bushel. 

Ainda nesta quarta-feira, as cotações da commodity registraram leves ganhos, em uma tentativa de recuperar parte das recentes quedas. Os analistas ressaltam que com a finalização da colheita americana, o foco dos investidores deverá ser voltar para a América do Sul, assim como acontece no caso da soja.

"A atenção se mudará para outros lugares, já que a colheita dos EUA está praticamente finalizada. Nesse momento, o Brasil e a Argentina estão recebendo chuvas nas lavouras de milho e soja. E, em seu ultimo boletim de oferta e demanda, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revisou para cima as projeções para as ambas as safras", informou Bob Burgdorfer, analista e editor do site internacional Farm Futures.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Milho: Queda no dólar pesa e preço recua 3,56% em Santos; saca é cotada a R$ 35,20

No Porto de Santos, os preços recuaram nesta quarta-feira (11), cerca de 3,56%, com a saca do cereal a R$ 35,20. Em de Paranaguá, a saca do milho encerrou o dia cotada a R$ 33,50. No mercado interno, a saca do grão finalizou o dia cotada a R$ 22,50 e queda de 2,71% em São Gabriel do Oeste (MS). Já na região de Tangará da Serra (MT), a desvalorização foi um pouco menor, de 2,44%, com a saca negociada a R$ 20,00.

No Paraná, as cotações também recuaram, em torno de 1,22%, com a saca a R$ 24,20 e 2,04%, com o preço a R$ 24,00/sc, em Ubiratã e Londrina, respectivamente. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade. Mais uma vez, as cotações foram influenciadas pelo andamento do dólar, que fechou o dia a R$ 3,7695 na venda, com queda de 0,58%.

Na mínima do pregão, a moeda norte-americana tocou o nível de R$ 3,7057, menor cotação intradia desde 2 de setembro, quando o câmbio chegou a R$ 3,6953. Durante o dia, o dólar reagiu aos rumores de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, possa ser substituído pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Segundo informações da agência Reuters, a avaliação dos investidores é que troca poderia aumentar as chances de colocar a economia brasileira "nos eixos".

Contudo, o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes, ressalta que o volume de exportações seguem agressivos e os line-ups indicam grandes quantidades a serem embarcadas. "Vamos exportar algo muito acima de 27 milhões de toneladas, podendo chegar a 30 milhões de toneladas. E olhando o atraso no plantio da soja no centro-sul, podemos concluir que iremos esticar os programas de exportação. Traders que deveriam exportar soja em janeiro e fevereiro poderão destinar o grão ao esmagamento e alongar os embarques do cereal, podendo chegar até março devido à competitividade do produto brasileiro", explica.

Paralelamente, o consultor ainda alerta que em muitas regiões, grandes consumidoras de milho, como SP, MG e GO, os compradores devem tomar cuidado, pois os volumes de exportação permanecem agressivos. "O que pode resultar em pouca disponibilidade do grão. E a nossa área de milho verão recuou novamente e com o atraso na soja também teremos um atraso na safrinha, o que irá deixar a entressafra do grão mais longa", acredita Fernandes.

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do milho finalizaram a sessão desta quarta-feira (11) com ligeiras altas. As principais posições do cereal registraram ganhos entre 1,25 e 3,25 pontos. O contrato dezembro/15 era cotado a US$ 3,62 por bushel.

Ao longo do pregão, os participantes do mercado tentaram recuperar parte das quedas registradas no dia anterior. O mercado acabou recuando mais de 7 pontos nesta terça-feira pressionadas pelas novas estimativas do boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O órgão revisou para cima os números da safra americana, para 346,82 milhões de toneladas e da produtividade, que subiu para 179,17 sacas por hectare.

Já os estoques finais americanos também registraram uma elevação e subiram de 39,65 milhões para 44,70 milhões de toneladas. Outro número que também chamou a atenção dos investidores foi o aumento expressivo nos estoques finais globais, em mais de 24 milhões de toneladas. O número ficou em 211,91 milhões de toneladas, contra as 187,93 milhões de toneladas projetadas em outubro.

"Os investidores buscaram cobrir as posições vendidas, o que tem ajudado a levantar os preços. E o bom humor nos mercados globais também contribui para o cenário. Além disso, muitos escritórios do Governo e bancos estão fechados devido à comemoração do Dia dos Veteranos, o que pode restringir as negociações", explica Bryce Knorr, editor e analista do site internacional Farm Futures.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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