Milho: À espera do USDA, mercado amplia perdas ao longo da sessão desta 6ª feira em Chicago
As cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas ao longo do pregão desta sexta-feira (6). Por volta das 12h48 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam quedas entre 2,25 e 2,75 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,71 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,74 por bushel.
Assim como no caso da soja, os investidores também se posicionam para o próximo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O relatório será divulgado na próxima terça-feira (10). No caso dos estoques americanos, os participantes do mercado apostam em 40,57 milhões de toneladas, contra as 39,65 milhões de toneladas reportadas pelo departamento em outubro.
Já os estoques globais deverão somar 188,43 milhões de toneladas, contra as 187,83 milhões de toneladas projetadas pelo USDA. Na contramão desse cenário, a perspectiva é que o departamento possa reduzir a produtividade média das lavouras do grão, que podem cair de 177,8 sacas por hectare para 167,6 sacas por hectare.
Outra variável que também ajuda a pressionar as cotações nesta 6ª feira é a alta do dólar no mercado internacional, conforme informou o site Pro Farmer. Por sua vez, a moeda é impulsionada pelos dados de emprego nos Estados Unidos. Em outubro, a taxa de desemprego atingiu a mínima de sete anos e meio. A criação de vagas fora do setor agrícola totalizou 271 mil no período, o maior ganho desde dezembro do ano anterior.
Com isso, as perspectivas de que o Federal Reserva, Banco Central americano, aumente a taxa de juros em dezembro subiu para 70%, conforme informações da Investing.com.
Confira como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Milho: Queda do dólar pesa e preço recua 2,13% em Santos; saca é cotada a R$ 36,50
Nesta quinta-feira (5), o preço do milho negociado no Porto de Santos (SP) recuou 2,13%, com a saca cotada a R$ 36,50. No restante das praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, o dia foi de estabilidade. A queda é uma junção das desvalorizações registradas no câmbio e também no mercado internacional.
Já a moeda norte-americana caiu 0,53% nesta quinta-feira e fechou o dia a R$ 3,7765 na venda. Na mínima do dia, o dólar tocou o patamar de R$ 3,7656. O câmbio recuou frente à atuação do Banco Central parcialmente ofuscando a perspectiva de que um possível aumento na taxa de juros nos Estados Unidos neste ano reduza a atratividade de investimentos no país.
Mesmo com a retração, os analistas destacam que as cotações ainda encontram suporte na demanda interna, que permanece aquecida e, nas exportações brasileiras. O Brasil exportou expressivo no mês de outubro, de 5,54 milhões de toneladas, com média diária de 264,2 mil toneladas do grão.
Ainda hoje, uma pesquisa realizada pela agência Reuters apontou que, os embarques brasileiros poderão somar um recorde de 28,8 milhões de toneladas nesta temporada comercial. O último recorde foi registrado em 2013, quando os embarques totalizaram 26 milhões de toneladas.
Em relação à safra, a Céleres Consultoria estima a produção neste ciclo em 86,41 milhões de toneladas. O volume indicado ficou abaixo do projetado no mês anterior, de 87,9 milhões de toneladas.
O dia também foi negativo aos preços do cereal negociados na BM&F Bovespa. As principais posições do cereal exibiram quedas entre 0,32% e 1,63%. O vencimento novembro era cotado a R$ 34,14 a saca.
Bolsa de Chicago
As cotações futuras do milho encerraram o pregão desta quinta-feira (5) com quedas expressivas na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal fecharam o dia com perdas de mais de 5 pontos nas principais posições. O contrato dezembro/15 era cotado a US$ 3,74 por bushel e recuo de 6 pontos.
Conforme dados das agências internacionais, o mercado acabou acompanhando as quedas mais fortes registradas nos contratos da soja. Já a oleaginosa acabou sendo pressionada pelos dados mais fracos das vendas para exportação, números reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ao longo dia.
No caso do cereal, as vendas a safra 2015/16 somaram 556 mil toneladas na semana encerrada no dia 29 de outubro. Apesar do recuo de 22% em relação à semana anterior, na qual, foram vendidas 708,8 mil toneladas, o volume ainda é equivalente a uma alta de 7% frente à média das últimas quatro semanas. Ainda assim, o número ficou dentro das expectativas dos participantes do mercado, entre 450 mil a 650 mil toneladas.
Desse modo, as vendas acumuladas na temporada atual chegam a 13.204,6 milhões de toneladas, 32% a menos do que no mesmo período do ano comercial anterior. Já da safra 2016/17, as vendas somaram 18,9 mil toneladas.
Inclusive, a retração das vendas por parte dos produtores norte-americanos continua sendo acompanhada de perto pelos investidores. "Provavelmente os produtores americanos venderam cerca de 30% da produção de milho, quando normalmente para esse período teríamos em torno de 45% já negociado", disse Juan Luciano, presidente executivo da Archers Daniels Midland, em entrevista ao Agrimoney.
Por outro lado, os participantes do mercado também começam a se posicionar para o próximo boletim de oferta e demanda do USDA, que será divulgado na próxima terça-feira (10). Ainda essa semana, a Informa Economics estimou o rendimento das lavouras do cereal em 179,92 sacas por hectare. O número ficou acima do projetado pela consultoria em outubro, de 168,4 sacas por hectare. Em seu último boletim, o órgão indicou a produtividade média das plantações de milho em 177,8 sacas por hectare.
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