Milho: Mercado amplia perdas ao longo desta 4ª feira e consolida 2º dia consecutivo de perdas na CBOT
As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas ao longo do pregão desta quarta-feira (28). Por volta das 12h18 (horário de Brasília), os vencimentos da commodity exibiam quedas entre 3,00 e 4,00 pontos. Já o contrato dezembro/15 era cotado a US$ 3,76 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,78 por bushel.
As cotações operam em queda pelo segundo dia consecutivo. Nesta terça-feira, os investidores acabaram realizando lucros após os ganhos registrados no início da semana. E em meio à falta de informações, o mercado segue atento à evolução da colheita da produção americana e a consolidação da safra.
Até o momento, pouco mais de 75% da produção já foi colhida, conforme dados oficiais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na semana anterior, o percentual colhido estava em 59% e a média dos últimos cinco anos é de 68%. E, segundo informações do analista e editor do site internacional Farm Futures, Bryce Knorr, as chuvas previstas para essa semana podem atrasar a colheita no cinturão produtor de milho no país.
De acordo com informações do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país -, entre os dias 28 de outubro a 2 de novembro, boa parte do Meio-Oeste norte-americano irá receber chuvas. Enquanto isso, a projeção mais alongada, entre os dias 2 a 6 de novembro, indicam precipitações entre 40% até 50% acima da média. No mesmo intervalo, as temperaturas poderão ficar até 80% acima da normalidade no cinturão produtor.
Ainda hoje, a AIE (Agência Internacional de Energia) informou que na semana encerrada no dia 23 de outubro, a produção de etanol no país ficou em 944 mil barris diários. Na semana anterior, a produção foi estimada em 951 mil barris diários. No mesmo intervalo, os estoques caíram de 18,9 mil barris para 18,3 mil barris.
Além disso, as agências internacionais reportam que os investidores avaliam os dados sobre a redução das compras de DDGs de milho dos EUA, subproduto do etanol de milho que é usado por fábricas de rações como um substituto para o milho e farelo de soja, por parte dos chineses. Os compradores da nação asiática temem um processo anti-dumping promovido pelo governo da China, o que na prática significaria a proibição de desembarque.
O país é o maior comprador mundial do subproduto, especialmente dos EUA. Somente em 2014, os chineses adquiriram 5,4 milhões de toneladas de DDG norte-americano, o que representa 18 milhões de toneladas de milho adicionados aos estoques internos do produto, que permanecem elevados. Atualmente, os estoques reguladores de milho estão próximos de 150 milhões de toneladas.
Ainda conforme dados dos sites internacionais, o problema é decorrente do programa do governo de preço mínimo ao milho. Cenário que torna o produto interno em torno de 100% mais caro do que os preços internacionais.
BM&F Bovespa
As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa também operam em queda nesta quarta-feira. As principais posições do cereal registravam desvalorizações entre 0,12% e 0,22%, por volta das 12h34 (horário de Brasília). O contrato novembro/15 era cotado a R$ 34,35 a saca. O movimento é decorrente da instabilidade observada no câmbio.
Por sua vez, a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,8732 na venda, com queda de 0,6%, próximo das 12h39 (horário de Brasília). Os investidores evitam fazer grandes movimentações nesta quarta-feira devido às incertezas políticas e econômicas no Brasil e antes da decisão do banco central americano, Federal Reserve, que sairá na tarde de hoje.
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