Milho: Focado na colheita nos EUA, mercado inicia sessão desta 4ª feira com ligeiras quedas
As cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta quarta-feira (21) com ligeiras quedas, próximas da estabilidade. Por volta das 7h52 (horário de Brasília), os principais contratos exibiam perdas entre 0,50 e 1,50 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,76 por bushel, mesmo patamar observado no fechamento do dia anterior.
A atenção do mercado segue voltada para a evolução dos trabalhos de colheita nos Estados Unidos. Até o momento, pouco mais de 59% da área cultivada nesta safra já foi colhida conforme dados oficiais. Na semana anterior, a colheita estava completa em 42% da área semeada nesta temporada. E, por enquanto, as previsões climáticas indicam o retorno do clima mais quente no cinturão produtor do grão, o que deverá manter o bom ritmo da colheita do cereal no país.
Confira como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: Em Chicago, mercado tem dia de recuperação e fecha sessão com leves altas
Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do milho encerraram o pregão desta terça-feira (20) em campo positivo. Durante as negociações, as principais posições da commodity ampliaram as altas e fecharam o dia com ganhos entre 2,20 e 3,60 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,76 por bushel, depois de iniciar a sessão a US$ 3,74 por bushel. Já o contrato julho/16 buscava o patamar dos US$ 4,00 por bushel e era negociado a US$ 3,98 por bushel.
Ao longo do dia, as cotações do cereal tentaram recuperar as perdas registradas no dia anterior. E, sem novidades que possam alavancar as cotações, pelo menos por enquanto, o foco dos investidores continua na safra americana. Até o último domingo, cerca de 59% da área plantada nesta temporada já havia sido colhida, conforme informou o boletim de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgado no final da tarde desta segunda-feira.
O número ficou dentro das apostas dos investidores, que esperavam um percentual entre 57% a 61%. O percentual colhido na semana anterior estava em 42%, já no mesmo período do ano passado, em torno de 30% da área havia sido colhida. Enquanto isso, a média dos últimos cinco anos é de 54%, ainda conforme informações do departamento norte-americano.
E, de acordo com informações do site internacional Pro Farmer, a previsão indicando o retorno do clima quente no cinturão produtor do milho deverá manter o ritmo de colheita rápido, tanto para o cereal, quanto para a cultura da soja. "Nos estados de Illinois, Indiana, Minnesota, Missouri e Ohio, a área colhida está pelo menos 10% acima do registrado na média dos últimos cinco anos", informou.
O NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país -, aponta que entre os dias 25 a 29 de outubro, as previsões climáticas indicam chuvas em algumas localidades no Meio-Oeste dos Estados Unidos. No mesmo intervalo, algumas regiões do Corn Belt as precipitações deverão ficar abaixo da média. As temperaturas deverão ficar dentro da normalidade em grande parte do cinturão produtor, ainda conforme informações da entidade.
Ucrânia
Na Ucrânia, as atenções permanecem voltadas ao clima mais quente. Segundo informações reportadas pelo site Agrimoney, o Grupo MHP registrou perdas significativas na cultura devido às intempéries climáticas. "A secura afetou particularmente a cultura do milho. Cerca de 60% da área cultivada pelo grupo foi colhida até o momento e o rendimento médio gira em torno de 7,3 toneladas por hectare, bem abaixo da média de 9,3 toneladas do grão por hectare alcançados no ano passado", informou.
Em sua última projeção, o Ministério da Agricultura do país estimou que a produção de milho deverá somar 22,9 milhões de toneladas nesta temporada. O número representa uma queda em comparação com o ano anterior, no entanto, muitos analistas privados acreditam que a safra pode ficar ainda abaixo do indicado.
Mercado interno
A saca do milho finalizou a terça-feira (20) estável em R$ 34,00 no Porto de Paranaguá. Já no Porto de Santos, a cotação subiu 2,86%, com a saca negociada a R$ 36,00. Na região de São Gabriel do Oeste (MS), o dia também foi positivo e a saca do cereal era cotada a R$ 23,00, com ganho de 2,22%. Em Não-me-toque (RS), o preço também subiu, cerca de 1,82%, com a saca negociada a R$ 28,00. Na contramão desse cenário, em Campo Novo do Parecis (MT), a cotação recuou 2,56% e fechou o dia a R$ 19,00 a saca. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade.
Mais uma vez, os preços foram influenciados pelo comportamento do dólar. Nesta terça-feira, a moeda norte-americana fechou a sessão cotada a R$ 3,9028 na venda, com alta de 0,67% e maior valor de encerramento desde 2 de outubro, quando o dólar fechou a R$ 3,9457, informou a Reuters. O câmbio acompanhou os movimentos da moeda no exterior, em um dia marcado por poucas negociações. Ainda assim, os investidores permanecem preocupados com a situação política e econômica do país.
Do mesmo modo, as cotações do milho negociadas na BM&F Bovespa fecharam o pregão desta terça-feira (20) com ligeiras perdas, próximas da estabilidade e com influência da volatilidade cambial. O vencimento novembro/15 era cotado a R$ 33,78 a saca, com queda de 0,38%. No dia anterior, o contrato encerrou a sessão a R$ 33,91 a saca.
Ainda no mercado interno, as atenções estão voltadas para as exportações de milho. Nesta segunda-feira, a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) informou que no acumulado das três primeiras semanas de outubro, os embarques do grão somam 2.928 milhões de toneladas, com média diária de 266,2 mil toneladas. A perspectiva é que as exportações brasileiras fiquem acima dos 27 milhões de toneladas nesta temporada.
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