Milho: Nesta 5ª feira, preço sobe 3,03% e retoma o patamar de R$ 34/sc em Paranaguá com suporte do dólar
A cotação da saca do milho para entrega em outubro/15 voltou a subir nesta quinta-feira (15), em torno de 3,03%, cotada a R$ 34,00 no Porto de Paranaguá. Mais uma vez, o preço é influenciado pelo comportamento do dólar frente ao real. A moeda norte-americana voltou a subir na sessão de hoje e, próximo das 12h41 (horário de Brasília), exibia ganho de 1,07%, negociada a R$ 3,8534 na venda.
O câmbio ampliou a alta depois que a Fitch rebaixou a nota do Brasil de "BBB" para "BBB-" e sinalizou que o país pode perder o seu selo de bom pagador no próximo ano, ao colocar o país com perspectiva negativa. No dia anterior, o câmbio fechou a sessão a R$ 3,8126, com desvalorização de 2,08%.
Diante da recente oscilação nos preços, os analistas ressaltam que os produtores, que já negociaram bons volumes da safrinha de 2015, estão concentrados no plantio da soja. Até o momento, os trabalhos de campo estão caminhando lentamente, uma vez que as chuvas permanecem bem irregulares, especialmente no Mato Grosso.
Bolsa de Chicago
As principais posições do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento negativo ao longo da sessão desta quinta-feira (15). Por volta das 12h18 (horário de Brasília), as cotações futuras da commodity registravam perdas entre 1,50 e 1,75 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,77 por bushel, mesmo patamar observado no início do pregão. Os contratos mais negociados operavam abaixo do patamar dos US$ 4,00 por bushel.
Sem novidades, os investidores permanecem com as atenções voltadas ao andamento da colheita do cereal nos Estados Unidos, segundo dados do site internacional Farm Futures. E, por enquanto, o clima deverá continuar favorável nos próximos 7 dias para a evolução dos trabalhos nos campos, conforme informações atualizadas do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país.
Já no período de 20 a 24 de outubro, o Meio-Oeste deverá registrar chuvas entre 40% até 50% acima da normalidade. Por outro lado, as temperaturas deverão ficar mais elevadas, entre 40% até 60% no mesmo intervalo, ainda segundo dados do serviço. E é preciso ressaltar que em uma semana, os produtores norte-americanos avançaram em 15% a colheita de milho no país e saíram de 27% e chegaram a 42% nessa semana.
Enquanto isso, a produção de etanol recuou 5% em uma semana nos EUA. De acordo com dados da AIE (Agência Internacional de Energia), até a semana encerrada no dia 9 de outubro, a produção totalizou 949 mil barris diários, contra os 950 mil barris diários reportados anteriormente. Em contrapartida, os estoques registraram ligeira revisão para cima de 18,8 mil barris para 19 mil barris no mesmo período.
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