Milho: USDA indica estoques em 43,97 mi de t e preços voltam a trabalhar em campo negativo na CBOT
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a trabalhar em campo negativo nesta quarta-feira (30). Por volta das 13h23 (horário de Brasília), os principais vencimentos exibiam quedas entre 1,00 e 1,75 pontos. O contrato dezembro/15 era cotado a US$ 3,87 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,90 por bushel.
O mercado reflete os números dos estoques trimestrais, reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os estoques foram indicados em 43,97 milhões de toneladas em 1º de setembro. O volume ficou pouco abaixo da estimativa média dos investidores, de 44,07 milhões de toneladas. No geral, as projeções estavam entre 41,84 milhões a 45,72 milhões de toneladas.
No mesmo período do ano anterior, os estoques de milho no país estavam próximos de 31,4 milhões de toneladas. Já no último boletim, referente até 1º de junho, os estoques de milho estavam em 112,96 milhões de toneladas. Além disso, os investidores também acompanham as informações vindas do campo, com o avanço da colheita norte-americana.
O economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter, destaca que esse boletim é muito importante. "Isso porque, o relatório se reporta aos estoques finais de uma temporada e os iniciais de outra. Em 31 de agosto de 2015 encerramos a temporada 2014/15 e a partir de 1º de setembro iniciamos a 2015/16", explica.
"Os investidores não esperam grandes mudanças nos números para 1º de setembro, porém, esses relatórios de fim de temporada têm produzido alguns resultados inesperados nos últimos anos", disse Bryce Knorr, analista e editor do site internacional Farm Futures.
Além disso, os participantes do mercado permanecem atentos às informações vindas dos campos americanos, com o andamento da colheita. Até o início da semana, pouco mais de 18% da área semeada nesta safra havia sido colhida, conforme dados oficiais. Paralelamente, os mapas de previsão climática, entre os dias 5 a 9 de outubro, indicam chuvas acima da normalidade em grande parte do Meio-Oeste do país.
Enquanto isso, a produção de etanol nos EUA subiu de 938 mil para 943 mil barris diários até a semana encerrada no dia 25 de setembro, conforme informou a AIE (Agência Internacional de Energia). Já os estoques caíram de 18,9 mil barris para 18,8 mil barris no mesmo período.
Mercado interno
Em meio à queda do dólar, os preços praticados no Porto de Paranaguá recuaram nesta quarta-feira. A saca do cereal para entrega outubro/15 era negociada a R$ 34,00, queda de 5,56% em relação ao dia anterior. Nesta terça-feira, os preços subiram e tocaram o patamar de R$ 36,00/sc.
A moeda norte-americana era cotada a R$ 3,9793 na venda, com perda de 1,96%, próximo das 12h25 (horário de Brasília). Na máxima da sessão, o câmbio já chegou a R$ 4,069, com alta de 0,24%. De acordo com informações do site G1, os operadores mostram boa aceitação nas ações tomadas pelo governo no intuito de reduzir as tensões com a base aliada no Congresso. Contudo, as incertezas sobre possíveis novas intervenções do Banco Central no mercado ainda deixam o dólar instável.
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