Milho: Mercado espera boletim do USDA e exibe ligeiras altas na manhã desta 4ª feira em Chicago

Publicado em 30/09/2015 08:05

Na manhã desta quarta-feira (30), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam próximos da estabilidade e exibem ligeiras altas. As principais posições do cereal exibiam ganhos entre 1,25 e 1,50 pontos, por volta das 7h51 (horário de Brasília). O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,90 por bushel, depois de fechar o dia anterior a US$ 3,89 por bushel.

O mercado está em compasso de espera para os números dos estoques trimestrais, que serão reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ainda hoje. A perspectiva é que os estoques de milho fiquem entre 41,84 milhões a 45,72 milhões de toneladas, até 1º de setembro.

No mesmo período do ano anterior, os estoques de milho no país estavam próximos de 31,4 milhões de toneladas. Já no último boletim, referente até 1º de junho, os estoques de milho estavam em 112,96 milhões de toneladas. Além disso, os investidores também acompanham as informações vindas do campo, com o avanço da colheita norte-americana.

Confira como fechou o mercado nesta terça-feira:

Milho: Mesmo com volatilidade no câmbio, preço sobe 1,41% e chega a R$ 36,00/sc em Paranaguá

No mercado interno brasileiro, a terça-feira (29) foi de estabilidade aos preços do milho nas principais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas. Apenas em Cascavel (PR), a cotação subiu 2%, com a saca cotada a R$ 25,50 e no Porto de Paranaguá, onde a saca do cereal para entrega em outubro/15 finalizou o dia a R$ 36,00 e ganho de 1,41%.

O cenário é decorrente da volatilidade registrada no câmbio ao longo da sessão de hoje. A moeda norte-americana terminou a terça-feira a R$ 4,0591 na venda, com queda de 1,23%. Contudo, na máxima do pregão, o câmbio registrou ganho de 1,11% e tocou o patamar de R$ 4,1551. As especulações sobre possíveis novas intervenções no mercado por parte do Banco Central e os números das contas públicas brasileiras melhores do que o esperado contribuíram para a forte oscilação do dólar.

Na BM&F Bovespa, as cotações do cereal fecharam a sessão em campo positivo, porém com altas menores do que as observadas ao longo do dia. As principais posições da commodity exibiram valorizações entre 0,67% e 1,63% no final do pregão. O vencimento novembro/15 era cotado a R$ 36,03 a saca, depois de fechar o dia anterior a R$ 35,70 a saca.

Ainda assim, o economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter, ressalta que pela manhã o câmbio contribuiu para os preços do cereal. "Tivemos no Oeste do Paraná, a saca a R$ 29,00 para entrega entre 30 a 45 dias. Já a saca do grão para entrega no início do próximo ano era negociada a R$ 30,00", afirma.

O economista ainda ressalta que, os momentos de alta nos preços são importantes no caso do cereal, uma vez que há uma limitação nas exportações. "Assim que as tradings fecharem seus programas de embarques, nos voltaremos ao mercado interno e perderemos a competitividade das exportações. No cereal é recomendável que os produtores participem do mercado nesses patamares", orienta.

Enquanto isso, as projeções tanto das consultorias privadas como dos analistas são bastante favoráveis. E o dólar tem sido um dos principais fatores para a formação desse quadro, já que contribui para a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional. A perspectiva é que nesta temporada, o Brasil supere os 26 milhões de toneladas, registrado no ano de 2013.

No acumulado do mês de setembro, as exportações totalizam 1,66 milhão de toneladas. A média diária ficou em 127,8 mil toneladas do cereal, conforme dados oficiais da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). A perspectiva é que os embarques do cereal ganhem ritmo a partir do mês de outubro.

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago (CBOT), o pregão desta terça-feira (29) foi de ligeiras altas aos preços futuros do milho. As principais posições do cereal exibiram ganhos entre 1,50 e 2,25 pontos. O contrato dezembro/15 era cotado a US$ 3,89 por bushel, após começar o dia a US$ 3,85 por bushel.

À espera do novo boletim de estoques trimestrais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado nesta quarta-feira (30), o mercado teve uma sessão um pouco mais calma. No caso do milho, os participantes do mercado apostam em estoques, até 1º de setembro, entre 41,84 milhões a 45,72 milhões de toneladas.

Em seu último relatório, com referência aos estoques na posição de 1º de junho, os estoques de milho estavam em 112,96 milhões de toneladas. Já no mesmo período do ano anterior, o número era de 31,4 milhões de toneladas do grão. "Ainda assim, não esperamos que os números do boletim do USDA possam chacoalhar o mercado nesta quarta-feira", disse Bob Burgdorfer, da Farm Futures.

Por outro lado, as agências internacionais destacam que aumenta a pressão sobre o mercado frente ao avanço da colheita nos EUA. No final desta segunda-feira, o departamento relatou que a colheita está completa em 18% da área semeada nesta temporada. O percentual ficou acima do registrado na semana anterior, de 10%, porém, abaixo das projeções dos participantes do mercado, de 22%.

A média para o mesmo período é de 23% e em igual período do ano anterior, o índice estava em 11%. O órgão ainda informou que em torno de 97% das lavouras estão em estágio de milho dentado e 71% em estágio de maturação.

Já as previsões climáticas indicam que, nos próximos 6 a 10 dias, o Meio-Oeste deverá receber algumas chuvas, que poderão ficar acima da normalidade. Já as temperaturas, no mesmo período, deverão ficar abaixo da média em algumas localidades do Corn Belt.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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