Aprosoja pleiteia incentivo para etanol de milho em Mato Grosso

Publicado em 25/09/2015 11:03
Medida impulsionaria a fabricação de combustível feito a partir dos grãos produzidos no Estado

A viabilidade da fabricação de etanol de milho em Mato Grosso vem sendo discutida em encontros promovidos pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) pelo interior do estado. Na segunda (21) e terça (22), os municípios de Sorriso e Campo Novo do Parecis receberam o evento, Rondonópolis sedia o Encontro Etanol de Milho na sexta (02).

De acordo com o conselheiro consultivo da Aprosoja, Glauber Silveira, para impulsionar a produção de etanol de milho em Mato Grosso, a associação levou ao governo do Estado a sugestão de criação de um incentivo especial para o etanol. “Atualmente, para cada real investido pelo produtor, há o prejuízo de R$ 0,64. Com o incentivo, haveria um lucro de até R$ 5,14. Além disso, o governo do Estado arrecadaria cerca de R$ 440 milhões”, explica Silveira.

Mato Grosso tem potencial para utilizar 10 milhões de toneladas de milho para a produção de etanol, mas atualmente apenas 220 mil toneladas são utilizadas para produzir 88 mil litros de combustível. “Hoje, o faturamento bruto com milho é de R$ 2,7 bilhões. Com a transformação do grão em etanol, DDG, cogeração de energia, entre outros, este valor subiria para R$ 14 bilhões. Pense em quanto de imposto isso geraria para o Estado”, analisa Glauber.

O diretor da Aprosoja acredita que há demanda para o etanol de milho, pois são produzidos no Estado um bilhão de litros do combustível - metade é consumida internamente, a outra é exportada. “O contraditório é que em Mato Grosso se consome um bilhão de litros de gasolina porque há instabilidade na produção do etanol. Com maior produção e incentivo ao consumo deste combustível, o mercado absorveria a produção”, afirma.

Além da fabricação de etanol, os produtores que investirem em usinas flex ou full poderão também produzir DDG (subproduto utilizado para ração animal) e cogeração de energia, além de plantio de eucaliptos para alimentar as usinas. “Estamos levando uma oportunidade para o produtor rural de Mato Grosso, incentivando a agregação de valor e a receptividade é muito boa nas reuniões”, finaliza Silveira.

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Fonte:
Aprosoja MT

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1 comentário

  • Luiz Alfredo Viganó Marmeleiro - PR

    O etanol de cana, comprovadamente a cultura mais viável pra produção de álcool no Brasil, está dando prejuízo, com quase todas as usinas quebradas..., e aí vem os sábios da Aprosoja com essa fantasia de etanol de milho??? Com certeza para criar mais um subsídio ou bolsa-etanol pra bancar as obras da turma bem relacionada com os homens de Brasília...

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Hei! No Estado do Mato Grosso há várias unidades de Destilarias de Álcool de cana-de-açúcar com graves problemas financeiros. Será que o álcool do milho, seu custo de produção é mais barato do que da cana. A pesquisa diz o contrário. "VADE RETRO BLAIRO MAGI" !!!

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Caro Luiz Alfredo e Paulo Rensi...as usinas de álcool que usam a cana em um período e o milho em outro como matéria prima especialmente para o MT e GO que tem milho sobrando é uma grande alternativa também para o produtor rural...lembro que o resíduo do milho o DDG é usado para ração animal...tenho a certeza que estando estas industrias instaladas o produtor do MT receberá bem mais pelo milho...bem como os demais estados terão menos concorrência de milho do MT a preços baixos..e as usinas se viabilizarão haja visto usar sua indústria o ano inteiro...

      Lembro aínda que as usinas de etanol estão quebrando pela falta de lucro devido ao governo federal subsidiar o preço da gasolina durante os últimos 4 anos...

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    • Luiz Alfredo Viganó Marmeleiro - PR

      E dá-lhe DDG pras granjas do sul com frete subsidiado pelo governo federal pra manter a lucratividade dos barões do agronegócio do centro oeste... um ótimo plano, pra meia dúzia de sempre.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Fico imaginando, os empresários, acionistas da COSAN, que estão no setor há algumas gerações, devem ser todos ingênuos, pois até o momento não enxergaram este filão para ganhar mais dinheiro das suas 23 Usinas que ficam paradas na entressafra.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Os Estados Unidos nao usavam alcool na gasolina, no giro de tres anos ultrapassaram o Brasil so' com alcool de MILHO----Para eles o alcool de MILHO e' mais

      barato que o alcool produzido no Brasil utilizando a cana.---Entao tem ideias bacanas no exterior que aqui nao funcionam----Vejam a ferrovia, no exterior e' bem mais economica que o cominhao mas aqui a diferença e' minima---Tudo onde o governo mete o dedo vira malandragem.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Carlo, o senhor conhece a LEI AGRÍCOLA AMERICANA "FARM BILL" ???

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Paulo Roberto nao conheço, mas gostaria de saber qual seria a sua mensagem---

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      O Sr. pode fazer a busca com o titulo: lei agrícola americana - farm bill ... Aparecerão vários links, aí é só dar uma olhada naqueles que o senhor quiser. Há uma forte pressão em subsidiar os produtores americanos, inclusive no álcool de milho o subsidio era de US$ 0,45/ galão e, o álcool brasileiro para "entrar" nos EUA devia pagar US$ 0,54/galão. Enfim o assunto é vasto, tanto é que o governo brasileiro ganhou a ação na OMC contra os EUA no caso do algodão. Parece-me que foi pago milhões de dólares de multa.

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      E este subsidio ele é benéfico ao produtor brasileiro!!!!!

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Dalzir e Paulo Roberto, nos sindicatos industriais a distribuiçao da arrecadaçao da contribuiçao sindical vai 5% para a confederaçao ( No nosso caso CNA) depois 15% para a federaçao ( meu caso Fapesp) 80% vai para o sindicato

      local ( no nosso caso seria sindicato patronal rural do municipio)----Por favor voces tem amigos advogados que poderiam demandar essa divisao para o segmento rural?

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Dalzir, a "proteção" que o governo dos EUA dá aos seus produtores está prejudicando todos os produtores de commodities do mundo inteiro.

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