Aprosoja pleiteia incentivo para etanol de milho em Mato Grosso
A viabilidade da fabricação de etanol de milho em Mato Grosso vem sendo discutida em encontros promovidos pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) pelo interior do estado. Na segunda (21) e terça (22), os municípios de Sorriso e Campo Novo do Parecis receberam o evento, Rondonópolis sedia o Encontro Etanol de Milho na sexta (02).
De acordo com o conselheiro consultivo da Aprosoja, Glauber Silveira, para impulsionar a produção de etanol de milho em Mato Grosso, a associação levou ao governo do Estado a sugestão de criação de um incentivo especial para o etanol. “Atualmente, para cada real investido pelo produtor, há o prejuízo de R$ 0,64. Com o incentivo, haveria um lucro de até R$ 5,14. Além disso, o governo do Estado arrecadaria cerca de R$ 440 milhões”, explica Silveira.
Mato Grosso tem potencial para utilizar 10 milhões de toneladas de milho para a produção de etanol, mas atualmente apenas 220 mil toneladas são utilizadas para produzir 88 mil litros de combustível. “Hoje, o faturamento bruto com milho é de R$ 2,7 bilhões. Com a transformação do grão em etanol, DDG, cogeração de energia, entre outros, este valor subiria para R$ 14 bilhões. Pense em quanto de imposto isso geraria para o Estado”, analisa Glauber.
O diretor da Aprosoja acredita que há demanda para o etanol de milho, pois são produzidos no Estado um bilhão de litros do combustível - metade é consumida internamente, a outra é exportada. “O contraditório é que em Mato Grosso se consome um bilhão de litros de gasolina porque há instabilidade na produção do etanol. Com maior produção e incentivo ao consumo deste combustível, o mercado absorveria a produção”, afirma.
Além da fabricação de etanol, os produtores que investirem em usinas flex ou full poderão também produzir DDG (subproduto utilizado para ração animal) e cogeração de energia, além de plantio de eucaliptos para alimentar as usinas. “Estamos levando uma oportunidade para o produtor rural de Mato Grosso, incentivando a agregação de valor e a receptividade é muito boa nas reuniões”, finaliza Silveira.
1 comentário
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Luiz Alfredo Viganó Marmeleiro - PR
O etanol de cana, comprovadamente a cultura mais viável pra produção de álcool no Brasil, está dando prejuízo, com quase todas as usinas quebradas..., e aí vem os sábios da Aprosoja com essa fantasia de etanol de milho??? Com certeza para criar mais um subsídio ou bolsa-etanol pra bancar as obras da turma bem relacionada com os homens de Brasília...
Hei! No Estado do Mato Grosso há várias unidades de Destilarias de Álcool de cana-de-açúcar com graves problemas financeiros. Será que o álcool do milho, seu custo de produção é mais barato do que da cana. A pesquisa diz o contrário. "VADE RETRO BLAIRO MAGI" !!!
Caro Luiz Alfredo e Paulo Rensi...as usinas de álcool que usam a cana em um período e o milho em outro como matéria prima especialmente para o MT e GO que tem milho sobrando é uma grande alternativa também para o produtor rural...lembro que o resíduo do milho o DDG é usado para ração animal...tenho a certeza que estando estas industrias instaladas o produtor do MT receberá bem mais pelo milho...bem como os demais estados terão menos concorrência de milho do MT a preços baixos..e as usinas se viabilizarão haja visto usar sua indústria o ano inteiro...
Lembro aínda que as usinas de etanol estão quebrando pela falta de lucro devido ao governo federal subsidiar o preço da gasolina durante os últimos 4 anos...
E dá-lhe DDG pras granjas do sul com frete subsidiado pelo governo federal pra manter a lucratividade dos barões do agronegócio do centro oeste... um ótimo plano, pra meia dúzia de sempre.
Fico imaginando, os empresários, acionistas da COSAN, que estão no setor há algumas gerações, devem ser todos ingênuos, pois até o momento não enxergaram este filão para ganhar mais dinheiro das suas 23 Usinas que ficam paradas na entressafra.
Os Estados Unidos nao usavam alcool na gasolina, no giro de tres anos ultrapassaram o Brasil so' com alcool de MILHO----Para eles o alcool de MILHO e' mais
barato que o alcool produzido no Brasil utilizando a cana.---Entao tem ideias bacanas no exterior que aqui nao funcionam----Vejam a ferrovia, no exterior e' bem mais economica que o cominhao mas aqui a diferença e' minima---Tudo onde o governo mete o dedo vira malandragem.
Sr. Carlo, o senhor conhece a LEI AGRÍCOLA AMERICANA "FARM BILL" ???
Paulo Roberto nao conheço, mas gostaria de saber qual seria a sua mensagem---
O Sr. pode fazer a busca com o titulo: lei agrícola americana - farm bill ... Aparecerão vários links, aí é só dar uma olhada naqueles que o senhor quiser. Há uma forte pressão em subsidiar os produtores americanos, inclusive no álcool de milho o subsidio era de US$ 0,45/ galão e, o álcool brasileiro para "entrar" nos EUA devia pagar US$ 0,54/galão. Enfim o assunto é vasto, tanto é que o governo brasileiro ganhou a ação na OMC contra os EUA no caso do algodão. Parece-me que foi pago milhões de dólares de multa.
E este subsidio ele é benéfico ao produtor brasileiro!!!!!
Dalzir e Paulo Roberto, nos sindicatos industriais a distribuiçao da arrecadaçao da contribuiçao sindical vai 5% para a confederaçao ( No nosso caso CNA) depois 15% para a federaçao ( meu caso Fapesp) 80% vai para o sindicato
local ( no nosso caso seria sindicato patronal rural do municipio)----Por favor voces tem amigos advogados que poderiam demandar essa divisao para o segmento rural?
Sr. Dalzir, a "proteção" que o governo dos EUA dá aos seus produtores está prejudicando todos os produtores de commodities do mundo inteiro.