Milho: Em Chicago, mercado inicia sessão desta 5ª feira do lado negativo da tabela

Publicado em 17/09/2015 08:20

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta quinta-feira (17) em queda. As principais posições da commodity exibiam perdas entre 1,75 e 2,50 pontos, por volta das 8h02 (horário de Brasília). O contrato dezembro/15 era cotado a US$ 3,83 por bushel, depois de encerrar a sessão anterior a US$ 3,86 por bushel.

Após as valorizações recentes, os preços futuros do cereal voltaram a trabalhar em campo negativo e caminham para o 3º dia consecutivo de perdas. Os analistas explicam que, nesse momento, os investidores estão com as atenções voltadas aos trabalhos de colheita do cereal da safra 2015/16 nos Estados Unidos. Até o último domingo (13), pouco mais de 5% da área havia sido colhida, conforme dados oficiais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

E, os relatos vindos dos campos, destacam os altos índices de produtividade das lavouras de milho. Especialmente no oeste do cinturão produtor de milho, onde o clima contribuiu para o desenvolvimento das plantações, como em Minnesota e Dakota do Sul. Ainda ontem, a Farm Service Agency (FSA) reportou que, as áreas que foram solicitadas indenização do seguro agrícola (prevented planted) ficou em 950 mil hectares, contra os 930 mil hectares indicados no último boletim.

No total, a área cultivada com o milho no país totalizou 34,11 milhões de hectares, frente aos 33,65 milhões de hectares estimados no relatório de agosto. Ainda nesta quinta-feira, o USDA divulga os novos números das vendas para exportação, importante indicador da demanda.  

Confira como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Milho: Apesar da queda no câmbio, preços sobem em Paranaguá e no interior do país nesta 4ª feira

As cotações do milho fecharam a quarta-feira (16) em alta no Porto de Paranaguá e no interior do Brasil. No terminal, a saca para entrega em outubro/15 encerrou o dia a R$ 34,50 e ganho de 1,47%. Em São Gabriel do Oeste (MS), a saca era cotada a R$ 22,00 e alta de 2,33%. Na região de Jataí (GO), a valorização foi de 2,13%, com a saca negociada a R$ 24,00.

Já na região de Não-me-toque (RS), os valores subiram 2% e atingiram o preço de R$ 25,50/sc. Em Ubiratã, Londrina e Cascavel, ambas cidades do Paraná, a alta ficou em 1,33% e a saca do grão a R$ 22,80. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, o dia foi de estabilidade. Em Santos, a saca permaneceu inalterada em R$ 36,00.

As cotações subiram apesar da queda observada no dólar e também no mercado internacional. A moeda norte-americana terminou a quarta-feira a R$ 3,8341 na venda e queda de 0,74%. Segundo dados da agência Reuters, o câmbio acompanhou o movimento em outros mercados emergentes depois de aumentarem as especulações de que o Federal Reserve, banco central americano, irá manter os juros agora.

Ainda assim, o consultor de mercado MGS Rural, Márcio Genciano, acredita em melhores oportunidades para o mercado cereal. "Temos um dólar forte, redução na área cultivada com o milho na safra de verão e na Argentina, problemas de estiagem na Europa e tudo isso ajuda na formação de preços. O produtor que tem milho disponível pode aguardar e vender mais para frente. Precisamos esperar as exportações ganharem ritmo, o que deve acontecer de outubro em diante", completa.

Durante essa semana, o Cepea reportou que os preços permanecem sustentados no mercado interno, o que indica que a demanda tem se sobressaído à oferta. O suporte é decorrente dos contratos a termo para exportação tanto da safra de 2015, quanto da próxima temporada.

BM&F Bovespa

As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa fecharam o pregão desta quarta-feira (16) do lado negativo da tabela. As principais posições do cereal exibiram perdas entre 1,97% e 3,12%. A posição novembro/15 era cotada a R$ 34,83 a saca, contra o patamar de R$ 35,95/sc registrado no dia anterior.  As cotações acompanharam a movimentação negativa observada no mercado internacional e também do câmbio.

Bolsa de Chicago

Pelo 2º dia consecutivo, as cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em queda. As principais posições da commodity ampliaram as perdas ao longo da sessão terminaram a quarta-feira (16) com desvalorizações entre 4,25 e 4,50 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,86 por bushel, mesmo patamar observado no início do pregão.

Após o relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), reportado na última sexta-feira e, que trouxe números menores de produção e estoques norte-americanos, os investidores voltaram às atenções aos trabalhos de campo, com a colheita do cereal ganhando ritmo. "Tivemos uma pressão nos futuros do milho e trigo com a colheita acelerando e as previsões climáticas a longo prazo mostrando um clima propício para uma colheita rápida", afirma Bob Burgdorfer, analista e editor do site Farm Futures.

No início da semana, o órgão divulgou que, cerca de 5% da área cultivada com o milho nesta temporada já havia sido colhida até o último domingo (13). No mesmo período do ano passado, o percentual estava em 4% e a média dos últimos cinco anos é de 9%.

"Temos a colheita do milho em curso no sul e centro de Illinois e deve evoluir ao longo dessa semana. Então, hoje tivemos a pressão do avanço da colheita e nas vendas do grão, por parte dos produtores norte-americanos, nos últimos dias", explica Burgdorfer.

Já o clima indica chuvas para o Meio-Oeste a partir de hoje e deverá se espalhar até o leste até quinta-feira. A projeção para os próximos 6 a 10 dias é de clima mais seco e quente em toda a região, o que deve favorecer o andamento dos trabalhos de colheita, ainda de acordo com informações reportadas por agências internacionais.

Ainda hoje, a Farm Service Agency (FSA) reportou novo boletim com números da área total cultivada com o milho nesta safra no país. No caso do milho, as áreas que foram solicitadas a indenização do seguro agrícola (prevented planted) subiu de 930 mil para 950 mil hectares indicados em setembro. A área total semeada, inclusa as áreas que não serão colhidas, ficou em 34,11 milhões de hectares, contra os 33,65 milhões de hectares projetados no boletim anterior.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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