Milho: Em meio à forte valorização do câmbio, preço sobe 1,56% em Paranaguá e chega a R$ 32,50/sc
A forte valorização do dólar tem sido o principal fator de impulso aos preços do milho no Brasil. Nesta quarta-feira (2), a saca do milho para entrega em outubro/15 era cotada a R$ 32,50, com alta de 1,56%. No início da tarde de hoje, a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,7488 na venda e ganho de 1,64%.
Porém, na máxima da sessão, o dólar já tocou o patamar dos R$ 3,7571, maior nível intradia desde 13 de dezembro de 2002, quando o valor chegou a R$ 3,7750, segundo dados divulgados pelo site G1. O cenário incerto em relação à economia e política brasileira permanece como os principais fatores de suporte ao câmbio.
Paralelamente, o dólar valorizado também tem influenciado os negócios na bolsa brasileira. Por volta das 12h41 (horário de Brasília), os contratos do cereal exibiam valorizações entre 0,21% e 1,62%. O vencimento setembro/15 chegou a R$ 30,18 a saca, depois de fechar o pregão anterior a R$ 29,76 a saca.
Com isso, os analistas ressaltam que há boas oportunidades de negociação para a safrinha de 2016. Da safrinha de 2015, a estimativa é que em torno de 80% da produção já tenha sido negociada até o momento. E a perspectiva é que boa parte dos negócios fechado sejam destinados ao mercado internacional.
Em agosto, os embarques de milho totalizaram 2.284,2 milhões de toneladas. No total acumulado de 2015, as exportações do cereal somam 8.874,7 milhões de toneladas.
Bolsa de Chicago
Durante as negociações desta quarta-feira (2), as cotações futuras do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. As principais posições da commodity exibiam quedas entre 2,50 e 2,75 pontos, por volta das 12h21 (horário de Brasília). O contrato setembro/15 era cotado a US$ 3,53 por bushel, após iniciar o dia a US$ 3,54 por bushel.
Segundo dados reportados por agências internacionais, os investidores ainda permanecem atentos às informações do mercado financeiro. As ações asiáticas recuaram pelo 3º dia consecutivo nesta quarta-feira depois dos boletins fracos sobre a atividade industrial na China, Estados Unidos e Europa, conforme divulgou a agência Reuters. O cenário eleva as preocupações sobre a desaceleração do crescimento global.
Do mesmo modo, a safra de milho norte-americana também permanece em foco. "Os traders ainda estão tentando descobrir o tamanho da produção de 2015", disse Bryce Knorr, editor e analista da Farm Futures. Isso porque, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estimou a produção norte-americana em 347,64 milhões de toneladas. Contudo, as consultorias privadas acreditam em um número abaixo dos 340 milhões de toneladas.
Até o momento, cerca de 69% das plantações apresentam condições boas ou excelentes até o último domingo, ainda de acordo com dados do departamento norte-americano. No mesmo período, em torno de 92% das plantações estavam em fase de enchimento de grãos.
Enquanto isso, as previsões climáticas indicam chuvas acima da média no Meio-Oeste dos EUA entre os próximos 6 a 10 dias, período de 7 a 11 de setembro, conforme dados do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país. As temperaturas também deverão ficar acima da média, segundo os mapas indicados abaixo.
Produção de etanol nos EUA
Até a semana encerrada no dia 28 de agosto, a produção de etanol nos EUA foi estimada em 948 mil barris diários. O número representa uma queda de 4 mil barris em relação ao indicado na semana anterior, de 952 mil barris diários. Na contramão desse cenário, os estoques subiram de 18,6 mil para 19 mil barris diários, no mesmo período. As informações foram divulgadas pela AIE (Agência Internacional de Energia) nesta quarta-feira.
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