Milho: Em Chicago, preços iniciam pregão desta 3ª feira com ligeiras perdas
As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta terça-feira (1) do lado negativo da tabela. Por volta das 8h01 (horário de Brasília), os contratos da commodity exibiam perdas entre 2,75 e 3,00 pontos. O vencimento setembro/15 era cotado a US$ 3,61 por bushel, depois de encerrar o dia anterior a US$ 3,63 por bushel.
As agências internacionais informam que os investidores ainda permanecem atentos ao mercado financeiro. Nesta terça-feira, as ações asiáticas recuaram após duas pesquisas mostrarem que o setor industrial da China passa pela pior desaceleração em vários anos, o que elevou as preocupações em relação à economia do país, conforme dados divulgados pela agência Reuters.
Paralelamente, a consolidação da safra norte-americana também é observada pelos participantes do mercado. Ainda nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou novo boletim de acompanhamento de safras e indicou que em torno de 68% das lavouras estão em boas ou excelentes condições. O índice ficou abaixo do indicado na semana anterior, de 69%.
O órgão ainda informou que cerca de 92% das plantações estão em fase de enchimento de grãos, contra 85% registrado na semana anterior. Já o índice de lavouras em estágio de milho dentado subiu de 39% para 60%. Os dados foram levantados até o último domingo (30).
Confira como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Milho: Dólar forte dá suporte aos preços no Brasil, mas negócios ainda caminham de maneira lenta
O preço da saca do milho, para entrega outubro/15, no Porto de Paranaguá encerrou a segunda-feira (31) estável em R$ 32,00. No terminal de Rio Grande (RS), o valor de fechamento foi de R$ 33,00/saca. As cotações permanecem sustentadas pela recente valorização do dólar frente ao real, fator que eleva a competitividade do cereal no mercado internacional.
A moeda norte-americana fechou a segunda-feira a R$ 3,6271 na venda, com ganho de 1,17%, segundo informações reportadas pela agência Reuters. Em agosto, o câmbio acumula alta de 5,91% e no ano, o avanço é da ordem de 36,42%.
Contudo, o consultor de mercado da TRINI Consultoria, Mársio Antônio Ribeiro, os negócios caminham de maneira mais lenta. "As informações que temos dão conta de certa paralisação nos negócios, pois com a volatilidade do câmbio os compradores estão travados, com receio de fazer negócios que possam trazer prejuízos", completa.
Ainda hoje, o Cepea informou que os patamares praticados no terminal de Paranaguá são os maiores registrados desde março de 2014. Mesmo com a projeção de safra recorde, que pode ultrapassar os 84.304,3 milhões de toneladas na temporada 2014/15, e, consequentemente estoques de passagem elevados.
"A perspectiva ainda é de crescimento dos negócios externos e também de que a maior parte dos contratos realizados até o momento seja direcionada ao mercado internacional. Por enquanto, os registros de line-up apontam para grande número de navios chegando aos portos brasileiros para o carregamento de milho", segundo informado no boletim do Cepea.
Apesar das projeções, as exportações brasileiras do milho ainda não deslancharam conforme destacam os analistas. Até a terceira semana de agosto, as exportações brasileiras de milho chegaram a 1,41 milhão de toneladas de milho. O volume ainda está abaixo do observado no mesmo período do ano passado, de 2,46 milhões de toneladas do cereal. As informações são da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
BM&F Bovespa
Na bolsa brasileira, a sessão desta segunda-feira foi positiva aos preços do milho. Os principais contratos do cereal exibiram valorizações entre 1,02% e 2,20%. O vencimento setembro/15 era cotado a R$ 29,70 a saca. Do mesmo modo, o dólar fortalecido tem dado sustentação aos contratos da commodity, segundo sinalizam os analistas.
Bolsa de Chicago
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta segunda-feira (31) em terreno misto, próximos da estabilidade. As primeiras posições do cereal exibiram ligeiros ganhos, de entre 0,25 e 0,50 pontos, já os demais contratos registraram queda de 0,25 pontos. O vencimento setembro/15 era cotado a US$ 3,63 por bushel, mesmo patamar observado no início da sessão.
Ao longo das negociações, os investidores estiveram atentos às informações do mercado financeiro. As bolsas asiáticas voltaram a recuar nesta segunda-feira antes dos dados dos Estados Unidos que poderiam sinalizar o momento em que o país deverá elevar a sua taxa de juros e pesquisas que devem apontar mais fraqueza na China, de acordo com dados reportados pela agência Reuters.
"Também podemos considerar a pressão provocada pelo relatório do Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês), que trouxe um bom cenário para a produção e oferta de commodities, entre elas o milho", ressalta o consultor de mercado da TRINI Consultoria, Mársio Antônio Ribeiro.
Além disso, o clima no Meio-Oeste dos EUA permanece favorável nesse momento. Segundo dados reportados pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país -, nesta segunda-feira, no intervalo dos próximos 6 a 10 dias, as chuvas deverão ficar entre 33% até 50% acima da média no Corn Belt. Já as temperaturas deverão permanecer elevadas, no mesmo período, conforme o indicado abaixo nos mapas.
Chuva prevista nos EUA entre os dias 5 a 9 de setembro - Fonte: NOAA
Temperatura prevista nos EUA entre os dias 5 a 9 de setembro - Fonte: NOAA
"As previsões climáticas permanecem benignas para a cultura do milho", disse Bob Burgdorfer, editor e analista do site internacional Farm Futures. Em relação à safra, cerca de 85% das lavouras do cereal estavam em fase de enchimento de grãos até a última semana, de acordo com reporte do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O órgão atualiza as informações no final da tarde de desta segunda-feira.
Paralelamente, o departamento também indicou os embarques semanais em 1.000,175 milhão de toneladas de milho até a semana encerrada no dia 27 de agosto. O volume ficou acima do esperado pelos participantes do mercado, entre 775 mil a 900 mil toneladas. O total embarcado nesta temporada subiu para 44.720,509 milhões de toneladas, abaixo dos 46.836,029 milhões de toneladas registradas no mesmo período de 2013/14.
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