Milho: Mercado segue recuando em Chicago e na BM&F nesta 3ª feira
Na sessão desta terça-feira (11), os futuros do milho acompanham as baixas registradas no mercado internacional de grãos e, por volta de 12h50 (horário de Brasília), as cotações dos principais vencimentos perdiam entre pouco mais de 10 pontos, mas com os mais distantes ainda lutando para manter o patamar dos US$ 4,00 por bushel, recentemente recuperado.
O mercado vem pressionado nesta pregão por uma realização de lucros depois das fortes e expressivas altas registradas na sessão anterior, como explicam analistas, bem como pelos investidores mais avessos ao risco por conta de algumas notícias vindas do mercado financeiro. Com isso, se deslocam para ativos mais seguros, como o dólar por exemplo, promovendo uma alta da moeda americana e uma pressão sobre as commodities de uma forma geral.
Além disso, os negócios passam ainda por uma tentativa de seus participantes de garantirem um bom posicionamento antes da chegada do novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta quarta-feira, 12 de agosto. As expectativas indicam uma redução na safra 2015/16 dos EUA em relação ao número reportado no boletim de julho, porém, no relatório semanal de acompanhamento de safras desta segunda (10), foi mantido em 70% o índice de lavouras do cereal em boas/excelentes condições.
Imagens de satélite do grupo internacional de análise de dados Descartes Labs capturadas em importantes regiões produtoras de grãos dos Estados Unidos começaram a indicar uma piora nas condições das lavouras de milho deste ano.
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"O USDA foi conservador na divulgação dos seus números sobre as condições das lavouras, o mercado acreditava que as condições poderiam até piorar, então, parte dessas baixas vêm ainda com o peso desse relatório", explica Vlamir Brandalizze.
Ainda assim, o consultorn de mercado da Brandalizze Consulting lembra que o milho, no cenário global, é duramente afetado pod condições adversas de clima em outras regiões produtoras, principalmente na Europa. Países como a França e a Ucrânia, por exemplo, sofrem com um tempo ainda muito quente e seco e perdas consolidadas para sua safra.
No Brasil
Na BM&F, apesar da boa alta do dólar nesta terça-feira, as cotações do milho registram perdas significativa, que passam de 1% e levam o contrato setembro/15 a ser cotado em R$ 29,39 por saca. Já o janeiro/16 consegue ainda manter os R$ 32,00.
Nos portos, por outro lado, os preços conseguem manter alguns níveis importantes. Em Paranaguá, para entrega outubro/15, o valor era de R$ 29,50, contra os R$ 30,00 do fechamento de ontem. Já em Rio Grande, para o produto com entrega em maio/16, o preço na tarde desta terça era de R$ 33,00, subindo em relação aos R$ 32,80 no encerramento do dia anterior.
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