Milho: Na CBOT, mercado amplia ganhos ao longo da sessão desta 2ª feira e busca os US$ 4,00 por bushel
Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações do milho ampliaram os ganhos ao longo das negociações desta segunda-feira (10). As principais posições do cereal exibiam altas entre 13,75 e 15,25 pontos, por volta das 12h22 (horário de Brasília). O contrato setembro/15 era cotado a US$ 3,88 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,76 por bushel. Já o vencimento março/16 retomou o patamar dos US$ 4,00 por bushel e era negociado a US$ 4,09 por bushel.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, o mercado encontra suporte nas especulações dos investidores frente ao novo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que será reportado nesta quarta-feira (12). A perspectiva das consultorias privadas é que o órgão revise para baixo, principalmente a produção norte-americana.
Durante a semana anterior, várias consultorias privadas divulgaram suas projeções, que estavam abaixo das últimas projeções do departamento. Em julho, o órgão indicou a safra de milho em 343,7 milhões de toneladas, com produtividade de 174,5 sacas por hectare.
Paralelamente, o comportamento do clima nos Estados Unidos e na Europa também continua no foco dos participantes do mercado. "Nos EUA, as tempestades estão focadas do Kansas ao extremo sul de Illinois, porém, a maior parte do Corn Belt deverá permanecer seca de acordo com os mapas climáticos", afirma Bryce Knorr, analista de mercado da Farm Futures.
Conforme os últimos mapas divulgados pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país -, no intervalo de 15 a 19 de agosto, grande parte do Meio-Oeste deverá registrar chuvas abaixo da média, de acordo com o indicado abaixo. Já no período de 17 a 23 de agosto, o cenário é um pouco melhor, com boa parte da região com precipitações dentro da normalidade.
Previsão de chuvas nos EUA entre os dias 15 a 19 de agosto - Fonte: NOAA
Previsão de chuvas nos EUA entre os dias 17 a 23 de agosto - Fonte: NOAA
Em contrapartida, as temperaturas deverão ficar acima da média, entre 40% até 50%, em ambos os períodos. E o mercado já especula quais os efeitos do clima nas lavouras do cereal, que, de acordo com o último boletim do USDA, cerca de 90% estava em fase de espigamento. É importante ressaltar que, as plantações também já sofreram com o excesso de umidade, especialmente nos meses de maio e junho.
Temperaturas nos EUA entre os dias 15 a 19 de agosto - Fonte: NOAA
Temperaturas nos EUA entre os dias 17 a 23 de agosto - Fonte: NOAA
Ainda segundo o noticiário internacional, as informações vindas da Europa também ajudam a sustentar os preços do cereal. Nesta segunda-feira, o Ministério de Agricultura da França, o maior produtor de milho do continente, reportou que a safra de milho deverá cair 28% nesta temporada em relação ao ano anterior. Os produtores deverão colher em torno de 13,2 milhões de toneladas do grão. A situação é decorrente do tempo quente e seco, que comprometeram o potencial produtivo das plantas.
Já os embarques semanais foram indicados em 804,981 mil toneladas de milho até a semana encerrada no dia 6 de agosto. Na semana anterior, os embarques do cereal totalizaram 920,708 mil toneladas, conforme dados do USDA.
Mercado interno
No Porto de Paranaguá, o preço da saca do milho para entrega em outubro/15 subiu R$ 0,50 e nesta segunda-feira e era cotada a R$ 29,50. Enquanto isso, no mercado interno, mesmo com o avanço da colheita da segunda safra, os preços continuam firmes, de acordo com dados do Cepea. A sustentação é decorrente do ritmo mais forte das exportações brasileiras registrado nas últimas semanas.
Em julho, as exportações do cereal somaram 1,2 milhão de toneladas, segundo dados Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Esse é o segundo maior volume da história, ficando atrás, apenas de julho de 2012, quando os embarques totalizaram 1,7 milhão de toneladas.
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