Milho: Mercado exibe leves ganhos na manhã desta 5ª feira e tenta consolidar 3º dia consecutivo de alta
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho iniciaram o pregão desta quinta-feira (6) próximos da estabilidade. As principais posições do cereal exibiam ligeiros ganhos entre 0,25 e 0,75 pontos, por volta das 7h43 (horário de Brasília). O contrato setembro/15 era cotado a US$ 3,73 por bushel, depois de encerrar a sessão anterior a US$ 3,72 por bushel.
O mercado tenta dar continuidade ao movimento positivo iniciado no dia anterior e consolidar o 3º pregão consecutivo de alta. Nesta quarta-feira, os futuros da commodity foram impulsionados pelas novas projeções para a safra de milho norte-americana e a produtividade das lavouras. As estimativas de cinco consultorias indicam uma produção abaixo do apontado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu último boletim de oferta e demanda, de 343,7 milhões de toneladas.
O órgão apresenta os novos números em seu próximo relatório de oferta e demanda que será reportado no dia 12 de agosto. Paralelamente, os investidores voltaram a focar o clima no Meio-Oeste norte-americano, uma vez que as previsões climáticas apontam para o tempo mais seco nos próximos dias, conforme as informações das agências internacionais.
Ainda nesta quinta-feira, o USDA divulga novo boletim de vendas para exportação, importante indicador de demanda. Na semana anterior, o número ficou em 808,2 mil toneladas de milho, acima das expectativas do mercado que giravam entre 350 mil a 800 mil toneladas do cereal.
Confira como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: Com projeções para boletim do USDA, preços fecham pregão em alta pelo 2º dia consecutivo em Chicago
As cotações do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta pelo 2º dia consecutivo. As principais posições do cereal encerraram a sessão desta quarta-feira (5) com ganhos entre 4,00 e 5,00 pontos. O contrato setembro/15 era cotado a US$ 3,72 por bushel, depois de iniciar a sessão a US$ 3,67 por bushel.
O mercado do cereal encontrou suporte nas novas projeções para o relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será divulgado no próximo dia 12 de agosto. Segundo os analistas, o boletim é um dos mais importantes do ano.
De acordo com a pesquisa realizada pelo site internacional, Farm Futures, com cerca de 1.300 produtores norte-americanos, a produção de milho deverá totalizar 339,52 milhões de toneladas na temporada 2015/16. Em relação à safra passada, o número representa uma queda de 6% e está 1,2% abaixo da última projeção do USDA, de 343,68 milhões de toneladas.
Enquanto isso, a produtividade das lavouras do cereal deverá ficar próxima de 176 sacas por hectare, mas a área de plantio poderá ser menor, em torno de 35,65 milhões de hectares. Um dos mais importantes consultores em agronegócio, Michael Cordonnier, estimou a produtividade das lavouras do cereal da temporada 2015/16 em 174,1 sacas por hectare.
O número representa um ganho de 1,6 saca por hectare, o que, na visão do consultor, é uma consequência das chuvas oportunas que contribuíram para o desenvolvimento das lavouras, especialmente no oeste e noroeste do Corn Belt. Já a produção norte-americana deverá ficar entre 327,4 milhões a 343,9 milhões de toneladas, com média de 336,6 milhões de toneladas, ainda de acordo com projeções do consultor.
Para a consultoria INTL FCStone, a safra norte-americana deverá somar 339,9 milhões de toneladas, com produtividade média de 174,62 sacas por hectare. Por outro lado, os números da Doane apontam para uma produção de 336,31 milhões de toneladas e produtividade ao redor de 172,82 sacas por hectare, conforme indicado abaixo.
Além disso, outro fator de sustentação aos preços do cereal é o clima no Meio-Oeste norte-americano. "Temos novos mapas que indicam tempo quente e seco no Corn Belt até meados de agosto", disse Bob Burgdorfer, analista da Farm Futures. Em seu boletim, o agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antônio dos Santos, informou os próximos dias serão de pancadas de chuvas para algumas áreas produtoras de soja e milho nos EUA.
Projeção de temperaturas nos EUA entre os dias 11 a 15 de agosto - Fonte: NOAA
Projeção de chuvas nos EUA entre os dias 11 a 15 de agosto - Fonte: NOAA
Ainda segundo o informativo, os próximos 15 dias "não serão de uma ausência total de chuvas, mas sim, de um período de chuvas de baixíssima intensidade e extremamente localizadas, o que poderá levar a perdas regionalizadas de produtividade". Entretanto, ainda não há como dimensionar as possíveis perdas.
Mercado interno
Já nos portos brasileiros, a quarta-feira (5) foi positiva aos preços do milho. No terminal de Paranaguá, o ganho foi de R$ 0,50 para a saca do cereal para entrega em outubro/15. O preço de fechamento ficou em R$ 30,00. Em Santos, a alta foi de 0,66%, com a saca do grão cotada a R$ 30,50. Nas demais praças, o dia foi de estabilidade, segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas.
O ganho dos preços, segundo explicam os analistas, é decorrente da valorização do dólar. O câmbio subiu pela 5ª sessão consecutiva e terminou o dia a R$ 3,4890 na venda, com alta de 0,72%. Conforme especialistas ouvidos pela agência Reuters, a moeda norte-americana foi mais uma vez impulsionada pelo cenário político e econômico no Brasil e também das expectativas sobre a possibilidade de uma alta de juros nos Estados Unidos.
O dólar também acabou dando suporte aos preços do milho praticados na BM&F Bovespa. As principais posições da commodity fecharam a quarta-feira (5) com ganhos entre 2,38% e 3,56%. O contrato setembro/15 era negociado a R$ 28,30 a saca, com alta de 3,17%.
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