Milho: Mercado inicia sessão desta 4ª feira próximo da estabilidade em Chicago
No início da sessão desta quarta-feira (5), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com leves quedas, próximos da estabilidade. Os contratos mais negociados exibiam quedas entre 1,00 e 1,25 pontos, por volta das 7h31 (horário de Brasília). O vencimento setembro/15 era cotado a US$ 3,67 por bushel, depois de encerrar o pregão anterior a US$ 3,70 por bushel.
Nesta terça-feira, as cotações do cereal até tentaram esboçar uma reação após as perdas recentes e terminaram o pregão com ganhos entre 2,25 e 2,50 pontos. Contudo, nos últimos dias, a alta do dólar e as incertezas em relação à economia chinesa têm sido fatores que pesaram sobre os preços. Do mesmo modo, as previsões climáticas para o Meio-Oeste dos EUA não apresenta nenhuma ameaça até o momento, depois do excesso de chuvas registrado em maio e junho, conforme destacam os analistas.
Paralelamente, os investidores já se preparam para o próximo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado no próximo dia 12 de agosto e é considerado um dos mais importantes do ano, segundo os especialistas. Um dos mais importantes consultores em agronegócio, Michael Cordonnier, estimou a produtividade das lavouras do cereal da temporada 2015/16 em 174,1 sacas por hectare.
O número representa um ganho de 1,6 saca por hectare, o que, na visão do consultor, é uma consequência das chuvas oportunas que contribuíram para o desenvolvimento das lavouras, especialmente no oeste e noroeste do Corn Belt. Já a produção norte-americana deverá ficar entre 327,4 milhões a 343,9 milhões de toneladas, com média de 336,6 milhões de toneladas, ainda de acordo com projeções do consultor.
Confira como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: Em Chicago, mercado tem dia de recuperação e fecha sessão com ligeiros ganhos
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a sessão desta terça-feira (4) com ligeiros ganhos, próximos da estabilidade. As principais posições da commodity encerraram o dia com altas entre 2,25 e 2,50 pontos. O vencimento setembro/15 era cotado a US$ 3,68 por bushel, depois de iniciar o pregão a US$ 3,70 por bushel.
Segundo analistas, o mercado testou uma recuperação após as perdas recentes registradas no mercado internacional. Ainda nesta segunda-feira, as cotações do cereal perderam entre 4,50 até 4,75 pontos em Chicago. Na última semana, as cotações intensificaram as perdas com informações do mercado financeiro e também as previsões de clima mais favorável no Meio-Oeste dos EUA e, voltaram a trabalhar abaixo dos US$ 4,00 por bushel.
Em relação ao clima, as projeções ainda indicam chuvas no Meio-Oeste norte-americano ao longo dessa semana. "Temos a previsão de precipitações benéficas no Corn Belt, juntamente com temperaturas sazonais. Essa semana, chuvas mais pesadas deverão ocorrer no estado de Missouri, que deverá ajudar a desenvolver as culturas de milho e soja", explica o analista da Farm Futures, Bob Burgdorfer.
Ainda nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) manteve o índice de lavouras de milho em boas ou excelentes condições, em 70%. Cerca de 21% das plantações estão em situação regular e 9% em condições ruins ou muito ruins.
O USDA ainda informou que em torno de 90% das lavouras do cereal estão na fase de espigamento, frente aos 76% indicados na semana anterior. E 29% das plantações estão no estágio de enchimento de grãos, contra 33% registrado em igual período do ano passado e a média dos últimos cinco anos de 31%.
Paralelamente, os investidores já se preparam para o próximo relatório de oferta e demanda do departamento, que será reportado no dia 12 de agosto. De acordo com informações de um dos mais importantes consultores em agronegócio, Michael Cordonnier, a produtividade das lavouras de milho da safra 2015/16 deverá ser maior.
O rendimento das plantações foi revisado para cima em torno de 1,6 saca por hectare, totalizando 174,1 sacas por hectare, na visão do consultor. O cenário é decorrente das chuvas oportunas contribuindo para o desenvolvimento das plantas, especialmente no oeste e noroeste do Corn Belt.
Já a produção de milho norte-americano deverá somar entre 327,4 milhões a 343,9 milhões de toneladas, com média de 336,6 milhões de toneladas. Em seu último boletim, o USDA indicou a produtividade das plantações em 174,5 sacas por hectare e a produção em 343,7 milhões de toneladas.
Demanda
Enquanto isso, rumores de compras também movimentaram o mercado nesta terça-feira. Ainda segundo dados da Farm Futures, um grupo da Coreia do Sul teria adquirido uma carga de 134 mil toneladas de milho para entrega entre janeiro a fevereiro de 2016. A origem não foi confirmada, porém, poderia ser dos EUA, América do Sul, África ou da região do Mar Negro.
Em contrapartida, outro grupo de Taiwan adquiriu 130 mil toneladas de milho do Brasil. O volume deverá ser entregue no intervalo de dezembro de 2015 a janeiro de 2016.
Mercado interno
Mesmo com a alta do câmbio, o preço do milho praticado no Porto de Rio Grande recuou R$ 0,10 ao longo desta terça-feira. A saca do cereal encerrou o dia a R$ 30,40, depois de tocar o patamar de R$ 30,50 ao longo das negociações. Já no terminal de Paranaguá, a cotação permaneceu estável em R$ 29,50. No Porto de Santos, a alta foi de 2,71%, com a saca do cereal cotada a R$ 30,30.
A moeda norte-americana fechou a sessão desta terça-feira a R$ 3,4642 na venda, com ganho de 0,28%. O câmbio renovou a máxima de 20 de março de 2003 e acumulou valorização de 4,05 em quatro sessões, conforme dados da agência Reuters.
Por outro lado, a valorização do dólar tem contribuído para a competitividade do cereal brasileiro no cenário internacional. Com isso, as exportações têm ganhado ritmo. Até a 5ª semana de julho, 23 dias úteis, as exportações brasileiras de milho totalizaram 1.208,3 milhão de toneladas, com média diária de 55,7 mil toneladas.
O índice é o 2º maior da história ficando apenas atrás de julho de 2012, quando as exportações ficaram em 1,7 milhão de toneladas. O volume embarcado diariamente representa uma alta de 754,6% em relação ao mesmo período do mês anterior. Em junho, as exportações do cereal ficaram em 136,8 mil toneladas do grão, com média de 6,5 mil toneladas. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta segunda-feira.
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