Milho: Com queda em Chicago e no dólar, preços recuam em Paranaguá e saca é cotada a R$ 29,50
Com a queda registrada no mercado internacional e também no câmbio, o preço da saca do milho para entrega em outubro/15 caiu de R$ 31,00, para R$ 29,50 nesta quarta-feira (29), no Porto de Paranaguá. A moeda norte-americana interrompeu uma alta de cinco dias e, por volta das 13h20 (horário de Brasília) era cotada a R$ 3,3346 na venda, com desvalorização de 1,02%.
Segundo informações divulgadas pelo site do G1, o movimento é decorrente das especulações sobre a definição de juros no Brasil e também nos Estados Unidos. Os mercados esperam as definições, e no caso da taxa de juros brasileira, a perspectiva é que a Selic tenha a sétima alta seguida e seja fixada próxima de 14,5% ao ano. A informação será reportada no final da tarde desta quarta-feira.
Bolsa de Chicago
As cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) mantêm o tom negativo no pregão desta quarta-feira (29). As principais posições do cereal exibiam perdas entre 3,50 e 4,50 pontos, por volta das 12h31 (horário de Brasília). O vencimento setembro/15 era cotado a US$ 3,70 por bushel, mesmo patamar observado no início do dia.
De acordo com informações de agências internacionais, o mercado voltou a trabalhar em campo negativo com influência do clima mais seco previsto para o Meio-Oeste dos EUA. As projeções mais alongadas indicam chuvas dentro da normalidade para boa parte da região no período de 3 a 7 de agosto, conforme dados divulgados pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país. No mesmo intervalo, as temperaturas deverão ficar abaixo do normal, segundo mapa abaixo.
"A falta de uma nova ameaça no clima faz com que os participantes do mercado vendam as suas posições. Além disso, há uma certa tranquilidade no mercado financeiro nesta quarta-feira após as preocupações a economia chinesa, o que também contribui para pressionar o mercado", disse Bryce Knorr, analista do site internacional Farm Futures.
Em contrapartida, a leitura de alguns analistas é de que as informações sobre o andamento da safra de milho em outros países, que sofrem com o clima adverso, poderia servir de suporte aos preços da commodity em Chicago. Na Europa, uma das culturas mais afetadas é a do milho, porém, outros continentes como a Ásia e a África também enfrenam problemas com o clima adverso.
Produção de etanol nos EUA
Ainda nesta quarta-feira, a AIE (Agência Internacional de Energia) informou que até a semana encerrada no dia 27 de julho, a produção de etanol nos EUA totalizou 965 mil barris diários. O número representa uma queda de 8% em relação à semana anterior, quando a produção ficou em 973 mil barris diários. Já os estoques foram mantidos em 19,6 mil barris.
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