Milho: Em Chicago, mercado inicia sessão desta 6ª feira em queda e set/15 perde o patamar dos US$ 4,00/bu
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta sexta-feira (24) do lado negativo da tabela. As principais posições do cereal exibiam quedas entre 3,50 e 3,75 pontos, por volta das 7h40 (horário de Brasília). O vencimento setembro/15 perdeu o patamar dos US$ 4,00 por bushel e era cotado a US$ 3,99 por bushel.
As previsões climáticas indicando um clima mais quente no Meio-Oeste norte-americano têm dividido a opinião dos participantes do mercado. Isso porque, alguns acreditam que a situação, se confirmada, poderá afetar a polinização do cereal, por outro lado, outros entendem que o tempo seco deverá contribuir para o desenvolvimento das plantações de milho.
No intervalo dos dias 29 de julho a 2 de agosto, o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - aponta temperaturas acima da média em alguns estados importantes na produção, como Missouri, Illinois, Indiana e Ohio. No mesmo período, também são previstas chuvas para a região.
Até o último domingo, o levantamento realizado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) apontou que cerca de 69% das lavouras estavam em boas ou excelentes condições e em torno de 55% estavam em fase de espigamento. O órgão atualiza os números na próxima segunda-feira (27).
Confira como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Milho: Alta do câmbio acirra disputa entre compradores e vendedores no Porto de Paranaguá
Nesta quinta-feira (23), a forte alta do dólar movimentou os preços do milho praticados em algumas praças. Em Campo Novo do Parecis (MT), o ganho foi de 17,86%, com a saca do cereal a R$ 16,50. Já em Tangará da Serra (MT), a cotação subiu 6,45%, para R$ 16,50/sc. A disparada do câmbio também acirrou a queda de braços entre os compradores e vendedores no Porto de Paranaguá.
"Ao longo desta quinta-feira, os compradores ofereceram em torno de R$ 29,50 a R$ 30,50 pela saca do cereal no Porto de Paranaguá, mas os vendedores pediram valores entre R$ 32,00 a R$ 33,00/sc", explica o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
A moeda norte-americana encerrou a sessão com ganho de 2,17%, cotada a R$ 3,2958. O patamar é o mais alto desde o dia 19 de março, quando o câmbio alcançou os R$ 3,2965. Segundo informações da agência Reuters, o dólar chegou ao maior patamar dos últimos quatro meses, depois do corte nas metas fiscais do governo estimular os temores de que o país poderá perder seu grau de investimento.
Outra variável observada pelo mercado é a o retorno das chuvas em algumas regiões produtoras no Brasil. No estado de Mato Grosso do Sul, a colheita do cereal segue atrasada devido às chuvas e recentes e chega a 12,4%. Entretanto, a perspectiva ainda é de uma safra positiva, podendo ultrapassar os 8,3 milhões de toneladas nesta safra, conforme destaca o analista técnico da Famasul, Leonardo Carlotto.
No Paraná, pouco mais de 31% da área cultivada nesta safra foi colhida até o momento, de acordo com o boletim do Deral (Departamento de Economia Rural). Em algumas localidades, os produtores já conseguiram retomar as atividades nos campos, depois das precipitações recentes. Em algumas regiões, o volume acumulado de chuvas ficou acima de 400 mm.
Enquanto isso, no Mato Grosso, maior estado produtor do grão, cerca de 47% da área foi colhida até o momento, segundo o boletim do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).
Bolsa de Chicago
A sessão desta quinta-feira (23) foi de estabilidade aos preços do milho praticados na Bolsa de Chicago (CBOT). As duas primeiras posições fecharam o dia com ganhos entre 0,25 e 0,50 pontos. O contrato setembro/15 era negociado a US$ 40,3 por bushel, mesmo patamar observado no início do pregão.
A atenção dos investidores permanece no comportamento do clima e o impacto para as lavouras norte-americanas, conforme dados reportados pelo site internacional Farm Futures. Os últimos mapas climáticos divulgados pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país -, as temperaturas deverão permanecer mais altas no Corn Belt no intervalo dos dias 29 de julho a 2 de agosto.
Temperaturas nos EUA entre os dias 29 de julho a 2 de agosto - Fonte: NOAA
Em alguns estados como Missouri, Illinois, Indiana e Ohio deverão registrar temperaturas acima da média no período. Com isso, já há rumores no mercado sobre o real reflexo da condição climática para as plantações do cereal, que nesse momento, estão em fase de polinização. Em contrapartida, alguns analistas apontam que essa situação não deve impactar no desenvolvimento da cultura. É importante ressaltar que o mês de julho é o mais importante para o milho norte-americano.
Previsão de chuvas nos EUA entre os dias 29 de julho e 2 de agosto - Fonte: NOAA
No mesmo período, as chuvas também deverão ocorrer no Meio-Oeste. Dados divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) durante essa semana indicam que em torno de 55% das plantações do cereal estão em fase de espigamento. Do total semeada, cerca de 69% das lavouras estão em condições boas ou excelentes.
Ainda nesta quinta-feira, o órgão reportou novo boletim de vendas para exportação. Da safra velha, as vendas somaram 223,4 mil toneladas de milho até a semana encerrada no dia 6 de julho, conforme dados do USDA. O percentual representa uma queda de 33% em relação à semana passada, quando as exportações ficaram em 331 mil toneladas do cereal.
Já as vendas da safra nova foram indicadas em 311,4 mil toneladas, contra as 325,1 mil toneladas reportadas na semana anterior. Contabilizando as duas safras, os volumes indicados ficaram abaixo das expectativas do mercado que estavam entre 550 mil a 950 mil toneladas do grão. No acumulado da temporada, as vendas norte-americanas de milho totalizam 47.420,8 milhões de toneladas.
Nesta quinta-feira, o volume de contratos de milho negociados em Chicago ficou em 446.369 mil, contra os 276.918 mil registrados na sessão anterior, segundo dados da Farm Futures. Os fundos de investimentos venderam em torno de 11 mil contratos.
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