Milho: Com suporte do dólar, preço sobe 10,47% no Porto de Paranaguá e saca é cotada a R$ 30,60

Publicado em 23/07/2015 13:10

Frente à forte valorização do dólar registrada nesta quinta-feira (23), o preço da saca do milho para entrega em agosto/15 subiu 10,47% no Porto de Paranaguá. Próximo do meio dia, a saca do cereal era negociada a R$ 30,60, no dia anterior, o valor de fechamento ficou em R$ 27,70/sc. Já a saca para entrega em outubro/15 era cotada a R$ 31,70.

Ao longo desta quinta-feira, o câmbio ampliou os ganhos e, por volta das 11h27 (horário de Brasília), era cotado a R$ 3,28, com alta de 1,79, conforme informações da agência Reuters. Na máxima do pregão, a moeda norte-americana chegou a R$ 3,29, maior patamar desde o dia 20 de março, quando o dólar tocou o nível de R$ 3,31. O câmbio sobe depois do corte nas metas fiscais do governo estimular os temores de que o país poderá perder seu grau de investimento.

Bolsa de Chicago

As cotações futuras do milho voltaram a trabalhar em campo negativo ao longo do pregão desta quinta-feira (23) na Bolsa de Chicago (CBOT). Por volta das 12h31 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam quedas entre 4,00 e 4,75 pontos. O contrato setembro/15 era cotado a US$ 3,98 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 4,03 por bushel.

Os participantes do mercado ainda observam a evolução do clima no Meio-Oeste dos Estados Unidos. Nesse momento, cerca de 55% das plantações estão em fase de espigamento, conforme último boletim de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). E, por enquanto, os últimos mapas climáticos apontam para chuvas e temperaturas acima da média no Corn Belt, no intervalo dos dias 27 a 31 de julho.

"Temos uma condição climática favorável para a cultura, com água no solo, temperaturas mais altas e o sol, no momento do pendoamento das plantas", explica o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes.

Contudo, a perspectiva ainda é mais otimista para o mercado do cereal, segundo alguns analistas. Isso porque, em outros lugares do mundo, como Austrália e França, enfrentam problemas climáticos. Do mesmo modo, o comportamento do dólar também está no radar dos investidores, uma vez que o câmbio é uma variável de extrema importância na composição dos preços.

Já as vendas para exportação da safra velha ficaram em 223,4 mil toneladas de milho até a semana encerrada no dia 6 de julho, conforme dados do USDA. O percentual representa uma queda de 33% em relação à semana passada, quando as exportações ficaram em 331 mil toneladas do cereal.

No mesmo período, as vendas da safra nova foram indicadas em 311,4 mil toneladas, contra as 325,1 mil toneladas reportadas na semana anterior. Contabilizando as duas safras, os volumes indicados ficaram abaixo das expectativas do mercado que estavam entre 550 mil a 950 mil toneladas do grão.

No acumulado da temporada, as vendas norte-americanas de milho totalizam 47.420,8 milhões de toneladas.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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