Milho: Mercado aguarda números do USDA e mantém tom positivo em Chicago nesta 2ª feira
Ao longo da sessão desta segunda-feira (29), os futuros do milho dão continuidade ao movimento positivo na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity exibiam ganhos entre 3,00 e 3,75, por volta das 12h26 (horário de Brasília). O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,88 por bushel, mesmo patamar observado no início do pregão.
Os investidores ainda estão atentos às previsões climáticas no Meio-Oeste dos EUA e o impacto das chuvas para as lavouras do cereal. Segundo informações do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país -, as precipitações ainda continuam no cinturão produtor de milho nos próximos dias. Com isso, as condições ainda se manterão desfavoráveis ao desenvolvimento das lavouras de milho, uma vez que o solo está encharcado e a luminosidade deverá ficar abaixo do ideal, conforme boletim informativo da Somar Meteorologia.
Em meio a esse cenário, há especulações no mercado de que, em áreas alagadas as raízes das plantas do cereal poderiam ficar expostas e, consequentemente, comprometer a nutrição das plantas e refletir em uma produtividade menor. Frente a essa situação, a perspectiva dos investidores é que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revise para baixo o índice de lavouras em boas ou excelentes condições. Na semana passada, o número ficou em 71%. O órgão atualiza as projeções ainda hoje, depois do fechamento das negociações na CBOT.
Paralelamente, os investidores já preparam para o novo boletim do departamento, que será reportado nesta terça-feira, e trará as estimativas para os estoques trimestrais e a projeção para a área cultivada com o grão nesta temporada. Para a área cultivada, os participantes do mercado apostavam em um número próximo de 36,09 milhões de hectares, contra os 36,1 milhões de hectares apontados no último boletim. No ano passado, a área semeada ficou em 36,66 milhões de hectares.
Já os estoques trimestrais, até o dia 1º de junho, deverão totalizar 114,61 milhões de toneladas de milho, de acordo com as perspectivas dos investidores. O número, se confirmado, deverá ficar acima do observado no mesmo período do ano passado, de 97,85 milhões de toneladas. Contudo, ficará abaixo do registrado em 1º de março de 2015, de 196,73 milhões de toneladas.
Ainda nesta segunda-feira, o USDA reportou novo boletim de embarques semanais. No caso do milho, os embarques somaram 1.040,514 milhão de toneladas, até a semana encerrada no dia 25 de junho. Na semana anterior, o número ficou em 1.115,832 milhão de toneladas.
Mercado interno
O tom positivo no mercado internacional e também no dólar impulsionaram mais uma vez os preços do milho no Porto de Paranaguá. Hoje, a saca do cereal para entrega em outubro/15 era cotada a R$ 30,00, com ganho de 1,69%. No acumulado da semana anterior, o preço em Paranaguá registrou alta de 9,26%. O câmbio era negociado a R$ 3,14, com valorização de 0,38%.
Enquanto isso, no mercado interno as cotações exibem oscilações em praças diferentes. De acordo com dados do Cepea, algumas localidades estão em período de entressafra e outras em momento de colheita. Então, as cotações ainda buscam uma tendência, ainda segundo o boletim.
Por outro lado, a expectativa é que as exportações brasileiras fiquem mais aquecidas a partir de julho, o que poderia aliviar a pressão sobre os preços no mercado interno. Nos primeiros 14 dias de junho, as exportações de milho somaram 72,5 mil toneladas, um aumento de 83,4% em relação ao mesmo período do mês anterior.
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