Milho: Em Chicago, mercado mantém tom negativo e julho/15 chega a US$ 3,55 por bushel
Durante as negociações desta quinta-feira (11), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) mantém o tom negativo. As principais posições do cereal exibiam perdas entre 1,50 e 2,00 pontos, por volta das 12h48 (horário de Brasília). O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,55 por bushel.
O mercado ainda absorve os números do novo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgado nesta quarta-feira. Entre as informações mais relevantes, o órgão revisou para cima a safra 2014/15 mundial de milho, de 996,12 milhões para 999,45 milhões de toneladas.
Além disso, o departamento também aumentou as projeções para os estoques finais globais, de 197,01 milhões para 192,5 milhões de toneladas do boletim anterior. Do mesmo modo, os estoques finais norte-americanos também subiram de 47,02 milhões para 47,65 milhões de toneladas.
Na visão do consultor de mercado da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica, Carlos Cogo, o aumento na produção brasileira, que passou de 79 milhões para 81 milhões de toneladas, definiu uma tendência baixista para o mercado global de milho. "Contudo, temos um crescimento na demanda para o milho em nível recorde. A demanda deverá ser superior a produção e independente da revisão dos estoques finais, em 2016 eles serão menores do que a temporada que se encerra agora. Com isso, no longo prazo, a tendência é de estabilidade com viés altista para os contratos mais longos do cereal", explica.
Ainda hoje, o USDA reportou as vendas para exportação da safra 2014/15 em 495,6 mil toneladas do grão até a semana encerrada no dia 4 de junho. Em relação à semana anterior, o volume representa um crescimento de 7%, mas uma queda de 14% em comparação com média das últimas quatro semanas. No período, o principal comprador do produto norte-americano foi a Coreia do Sul, com 157,5 mil toneladas do cereal adquiridas.
Enquanto isso, as vendas da safra nova foram estimadas em 170,5 mil toneladas de milho. Na semana anterior, o número ficou negativo em 54,8 mil toneladas do grão. No total acumulado na temporada, as vendas totalizam 43.956,2 milhões de toneladas, contra as 46.360,0 milhões de toneladas estimadas pelo departamento norte-americano.
Paralelamente, as condições climáticas nos EUA permanecem sendo observadas pelos participantes do mercado. De acordo com o site Farm Futures, nos próximos 6 a 10 dias, as previsões ainda apontam chuvas para o Meio-Oeste do país. "Grandes tempestades registradas no Kansas e Iowa deverão se espalhar em todo o Cinturão produtor de milho", disse Bryce Knorr.
Produção de etanol nos EUA
Até a semana encerrada no dia 5 de junho, a produção de etanol nos EUA somou 992 mil barris diários, conforme dados da AIE (Agência de Informação de Energia). Na semana anterior, o número era de 972 mil barris diários. Os estoques apresentaram ligeira alta de 20,1 mil para 20,2 mil barris no mesmo período.
Mercado interno
No Porto de Paranaguá, a saca do milho para entrega em outubro é cotada a R$ 28,00 nesta quinta-feira. O valor está acima do registrado no fechamento desta quarta-feira, de R$ 27,50 a saca. Apesar da queda nos preços no mercado internacional, as cotações encontram suporte no dólar, que opera em alta.
0 comentário
Demanda por milho segue forte nos EUA e cotações futuras começam a 6ªfeira subindo em Chicago
Radar Investimentos: Milho brasileiro encontra barreiras no mercado internacional
Milho emenda sexta queda consecutiva e B3 atinge menores patamares em um mês nesta 5ªfeira
Getap 2024: premiação deve ter altas produtividades para o milho inverno 24
Cotações do milho recuam nesta quinta-feira na B3 e em Chicago
Preços futuros do milho começam a quinta-feira na estabilidade