Milho: Após quedas expressivas, mercado inicia sessão desta 5ª feira próximo da estabilidade
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta quinta-feira (11) próximos da estabilidade. Por volta das 7h48 (horário de Brasília), as principais posições da commodity estavam estáveis e apenas o vencimento setembro/15 exibia ligeira alta de 0,25 pontos. Já o contrato julho/15 era cotado a US$ 3,57 por bushel.
O mercado ainda absorve os números do novo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgado nesta quarta-feira. Entre as informações mais relevantes, o órgão revisou para cima a safra 2014/15 mundial de milho, de 996,12 milhões para 999,45 milhões de toneladas.
Além disso, o departamento também aumentou as projeções para os estoques finais globais, de 197,01 milhões para 192,5 milhões de toneladas do boletim anterior. Do mesmo modo, os estoques finais norte-americanos também subiram de 47,02 milhões para 47,65 milhões de toneladas.
Ambas as projeções associadas às fortes quedas nos futuros do trigo derrubaram os preços do milho no mercado internacional na sessão anterior. As principais posições da commodity registraram perdas de mais de 7 pontos.
Contudo, as agências internacionais destacam que os investidores ainda estão observando o comportamento climático nos Estados Unidos. Por enquanto, a previsão é de chuvas nos próximos dias no Meio-Oeste do país. Paralelamente, o dólar também segue no radar, já que nos últimos dias tem influenciado os preços. Ainda hoje, o USDA reporta novo relatório de vendas para exportação, importante indicativo de demanda.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: Mercado reflete relatório do USDA e fecha sessão desta 4ª feira com perdas expressivas na CBOT
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta quarta-feira (10) com perdas acentuadas. As principais posições do cereal exibiram quedas entre 7 a 8 pontos. O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,57 por bushel, após iniciar o dia a US$ 3,64 por bushel.
Segundo informações de agências internacionais, o mercado foi pressionado pelos números do novo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), reportado nesta quarta-feira. "O relatório acabou trazendo um aumento nos estoques finais de milho acima do que o mercado esperava. Também temos que observar que tem muito produto na mão dos produtores norte-americanos, que podem vender o grão com mais força e acabar pesando ainda mais sobre os preços. Além disso, a forte queda no trigo também influenciou os futuros do cereal", diz Gustavo Schnekenberg, analista de mercado da Agrinvest.
Para a safra mundial 2014/15, o órgão revisou para cima a projeção da safra mundial, de 996,12 milhões para 999,45 milhões de toneladas do grão. Do mesmo modo, os estoques finais globais também subiram e foram estimados em 197,01 milhões de toneladas, contra os 192,5 milhões de toneladas indicados no boletim de maio. O departamento ainda elevou os estoques finais norte-americanos de milho, de 47,02 milhões para 47,65 milhões de toneladas. Em contrapartida, o volume do grão destinado à produção de etanol recuou de 132,09 milhões para 131,45 milhões de toneladas.
Para a produção do Brasil, o departamento projetou a safra em 81 milhões de toneladas de milho. No boletim anterior, o número era de 78 milhões de toneladas. Os estoques finais brasileiros também foram revistos e subiram de 17,27 milhões para 20,27 milhões de toneladas. Já a safra da Argentina foi estimada em 25 milhões de toneladas, frente as 24,5 milhões de toneladas projetadas anteriormente.
Da safra 2015/16, assim como o mercado apostava, o órgão ainda trouxe um aumento nos estoques finais norte-americanos, que subiu de 44,35 milhões para 44,99 milhões de toneladas. No entanto, o USDA manteve as projeções para a safra dos EUA em 346,22 milhões de toneladas e a produtividade em 176,55 sacas por hectare.
"A atenção dos investidores se voltará ao clima nos Estados Unidos, com a previsão de continuidade das chuvas no Meio-Oeste", ressaltou Bob Burgdorfer, da Farm Futures. Por enquanto, as previsões oficiais indicam precipitações nos próximos 6 a 10 dias e um clima um pouco mais quente.
Em meio ao excesso de chuvas em algumas localidades, há especulações no mercado sobre a necessidade de replantio de algumas áreas e o tempo hábil para a realização dos trabalhos nos campos norte-americanos.
Mercado interno
No Porto de Paranaguá, a saca do milho para entrega em outubro/15 fechou a quarta-feira com queda de 1,79%, cotada a R$ 27,50. A queda registrada nos contratos da commodity no mercado internacional acabou pesando sobre os preços do cereal. Já o dólar, outro importante componente na formação de preços, encerrou o dia a R$ 3,10, com ligeira alta, de 0,03%.
Em São Gabriel do Oeste (MS), a saca do cereal apresentou leve ganho de 1,76%, negociada a R$ 17,30. Nas demais praças pelo Brasil, a quarta-feira foi de estabilidade, conforme levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas.
Na região de Campo Novo do Parecis (MT), a saca do cereal é cotada entre R$ 13,50 a R$ 14,00, valores próximos do preço mínimo fixado para o estado, de R$ 13,56/sc.
O momento ainda é de pressão no preços já que a perspectiva é de uma grande safrinha de milho. Com o clima favorável, a segunda safra do grão poderá ficar acima de 50 milhões de toneladas. Entretanto, alguns analistas já destacam que, as exportações podem aliviar a pressão no mercado interno.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o pesquisador do Cepea, Lucilio Alves, sinalizou que o line-up - programação para o carregamento de grãos - no Porto de Paranaguá está previsto em mais de 300 mil toneladas em junho. "Isso é só em Paranaguá e se tivermos essa confirmação, poderemos ter uma das melhores médias dos últimos 6 a 7 anos para o período. A questão é saber se os volumes negociados antecipadamente são destinados para as exportações", explica.
BM&F
Na BM&F Bovespa, o dia também foi de queda aos preços futuros do cereal. "O mercado recuou e buscou o nível de R$ 25,00 para o contrato de setembro. As cotações caíram devido às perdas no mercado internacional e também o comportamento do dólar que, durante boa parte do dia trabalhou em campo negativo", ressalta o analista da Agrinvest.
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