Milho: Com suporte das exportações semanais, mercado reverte perdas e volta a subir na CBOT

Após quatro pregões em queda, as cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a operar em campo positivo. Ao longo da sessão desta quinta-feira (23), os preços reverteram as perdas e, por volta das 12h29 (horário de Brasília), as principais posições do cereal registravam ganhos entre 3,50 e 4,50 pontos. O vencimento maio/15 era cotado a US$ 3,77 por bushel, após ter iniciado o dia a US$ 3,72 por bushel.

De acordo com dados reportados por agências internacionais, o mercado é impulsionado pelos números das vendas para exportação, divulgados hoje pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Até o dia 16 de abril, as vendas da safra 2014/15 ficaram em 867,9 mil toneladas do grão. As expectativas do mercado estavam próximas de 550 mil toneladas do grão.

O percentual representa uma alta de 48% em relação ao número da semana anterior, de 588,2 mil toneladas, e 68% em comparação com a a média das últimas quatro semanas. O Japão foi o principal destino do produto norte-americano, com a aquisição de 336 mil toneladas do cereal.

No total, as vendas da safra velha somam 39.484,2 milhões de toneladas, volume abaixo do registrado no mesmo período de 2014, com 43,07 milhões de toneladas. Nesta temporada, o departamento estima que sejam exportadas 45,72 milhões de toneladas de milho. Da safra nova, as vendas totalizaram, no mesmo período, 6,2 mil toneladas do grão, contra as 28,5 mil toneladas indicadas na semana anterior.

Por outro lado, os investidores ainda observam o comportamento no clima no Meio-Oeste dos EUA. Conforme informações do site internacional Farm Futures, as precipitações deverão dar uma trégua em algumas localidades produtoras, o que deverá permitir o avanço na semeadura do milho.

Cerca de 9% da área foi semeada com o grão até o último domingo (19), conforme último reporte do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), contra a média histórica de 13%. Ainda assim, a perspectiva é que até o dia 8 de maio, em torno de 50% da safra (de grãos) já tenha sido cultivada, segundo estimativas dos participantes do mercado.

Paralelamente, a gripe aviária no país também está no foco dos investidores. O estado de Iowa registra o pior cenário até o momento, ainda conforme dados das agências internacionais.