Milho: Com perspectiva de avanço no plantio nos EUA, mercado opera em queda na CBOT
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho estenderam as perdas ao longo dos negócios desta segunda-feira (20). Por volta das 12h08 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam perdas entre 1,75 e 2,25 pontos. O contrato maio/15 era cotado a US$ 3,78 por bushel, após ter iniciado o dia a US$ 3,79 por bushel.
De acordo com informações do site internacional Farm Futures, os investidores operam de forma mais cautelosa depois de uma semana favorável para o avanço do plantio nos EUA, que aliviou as preocupações com o andamento do cultivo do grão. A perspectiva é que nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) aponte o plantio completo em 12% da área estimada para essa temporada.
Na semana anterior, o índice ficou em 2%, contra a média histórica dos últimos cinco anos, de 5%. Contudo, o foco dos participantes do mercado deve permanecer no comportamento do clima no país. Por enquanto, as previsões indicam chuvas em Iowa, Nebraska e no Kansas. Precipitações também são previstas para Wisconsin e Illinois na manhã desta segunda-feira.
Entre quarta e quinta-feira, a região do Meio-Oeste do país deverá receber uma onda de frio. Segundo os analistas, caso a previsão seja confirmada, poderá impactar o andamento da semeadura do grão. Mas, ainda assim, é preciso levar em consideração a capacidade de avançar com o cultivo do milho, por parte dos produtores norte-americanos.
Já os embarques semanais subiram em relação à semana anterior. Até o dia 16 de abril, os produtores norte-americanos embarcaram 1.068,19 milhão de toneladas de milho, contra 859,247 mil toneladas reportadas anteriormente. As informações foram reportadas pelo USDA na manhã de hoje.
Mercado interno
No Porto de Paranaguá, a saca do milho, para entrega em outubro/15, é cotada a R$ 28,00 na manhã desta segunda-feira (20). Na última sexta-feira, o valor terminou o dia a R$ 28,50 a saca. Os negócios caminham de forma mais lenta nesse momento, já que nesses patamares os vendedores não negociam o produto.
Paralelamente, no caso da safrinha, as vendas estão mais adiantadas, especialmente nos estados do Centro-Oeste. Enquanto isso, as lavouras apresentam boas condições, nas principais regiões produtoras do país. Em Astorga (PR), as chuvas têm beneficiado o desenvolvimento da cultura e a expectativa de produtividade está em 100 sacas do grão por hectare.
O cenário se repete na localidade de Dourados (MS), onde o rendimento médio esperado está entre 80 a 100 sacas de milho por hectare. O preço está entre R$ 17,50 a R$ 18,00 a saca, já os custos estão próximos de R$ 1.600 por hectare. Relação que, na visão do presidente do Sindicato Rural do município, Lúcio Damalia, deixa uma margem ajustada aos agricultores.
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