Milho: Nesta 5ª feira, mercado opera próximo da estabilidade antes do relatório do USDA
As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) trabalham com ligeira queda na manhã desta quinta-feira (9), próximos da estabilidade. Por volta das 8h08 (horário de Brasília), os vencimentos da commodity exibiam perdas de 0,50 pontos. O contrato maio/15 era cotado a US$ 3,78 por bushel.
Os investidores ainda operam de maneira mais cautelosa e aguardam o novo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O boletim será reportado nesta quinta-feira.
Por enquanto, as estimativas dos investidores é que o órgão revise para cima os números dos estoques norte-americanos e globais do cereal. Para os estoques dos EUA, a perspectiva é que a projeção fique próxima de 47.094 milhões de toneladas. Em seu último relatório, o USDA indicou o número em 45.138 milhões de toneladas.
Já os estoques globais deverão somar 186,91 milhões de toneladas de milho, contra 185,28 milhões de toneladas apontados em março.
Confira como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: À espera do USDA, mercado fecha sessão desta 4ª feira em campo negativo em Chicago
No mercado internacional, as cotações futuras do milho encerraram a sessão desta quarta-feira (8) do lado negativo da tabela. Durante as negociações, os contratos do cereal ampliaram as perdas e terminaram o pregão com baixas entre 3,00 e 3,75 pontos. O vencimento maio/15 era cotado a US$ 3,79 por bushel.
Frente ao novo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), os investidores adotaram uma postura mais cautelosa e exibiram um movimento de realização de lucros. O boletim será reportado nesta quinta-feira (9).
A estimativa é que haja um aumento nos estoques finais de milho norte-americano, que poderão alcançar, em média, 47.094 milhões de toneladas. A projeção está acima do indicado no último boletim, referência de março/15, quando os estoques foram estimados em 45.138 milhões de toneladas do grão. A perspectiva é que os estoques globais do grão também sejam revisados para cima, de 185,28 milhões de toneladas, para 186,91 milhões de toneladas.
As projeções estão próximas das estimativas divulgadas pelo jornal The Wall Street Journal. Para os estoques de milho dos EUA, os analistas consultados pelo jornal apostam em um número ao redor de 47,01 milhões de toneladas. Já os estoques mundiais deverão totalizar 187,1 milhões de toneladas de milho.
Outra variável que também contribuiu para pressionar os preços nesta quarta-feira, segundo o site Farm Futures, foi a forte queda observada nos futuros do petróleo, superando os 3 pontos no mercado internacional. A produção de etanol nos EUA também recuou mais de 2%, conforme dados divulgados pela AIE (Administração de Informação de Energia).
Até a última semana, a produção norte-americana totalizou 936 mil barris por dia. Essa é a segunda semana consecutiva em que a produção recuava no país, cenário que eleva a preocupação, por parte dos produtores, quanto a uma possível perda de competitividade do produto com a gasolina diante dos preços mais baixos do petróleo.
Paralelamente, os investidores também começam a observar o início do plantio da nova safra norte-americana. "Quando temos condições climáticas adversas, esse fator acaba empurrando mais área para a cultura da soja. Ainda é cedo para falar em transferência de área, porém, essa é uma variável que irá contribuir para o direcionamento dos negócios. Temos uma forte sensibilidade dos preços do cereal para eventuais problemas climáticos no Meio-Oeste dos EUA", destaca o economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter.
BM&F Bovespa
Na Bolsa brasileira, os futuros do milho terminaram a sessão desta quarta-feira (8) com perdas de mais de 1%, nos principais vencimentos. Os contratos do cereal recuaram pelo segundo dia consecutivo. A posição maio/15 era negociada a R$ 27,48 a saca.
Mais uma vez, os preços da commodity foram influenciados pela queda observada no mercado internacional. A desvalorização observada na moeda norte-americana também pesou sobre os futuros do cereal. O câmbio encerrou a quarta-feira a R$ 3,05, com perda de 2,36%.
Mercado interno
As quedas no mercado internacional e no dólar também influenciaram os negócios no Porto de Paranaguá. A saca do cereal, para entrega em outubro, recuou de R$ 29,50, para R$ 28,20 nesta quarta-feira.
Ainda na visão do economista, o dólar também exerce grande influência na formação dos preços do cereal. "E apesar do recuo, os valores praticados no mercado interno permanecem bons. Nesse momento, temos um menor fluxo das exportações, uma vez que, a logística está voltada para o embarque da soja, porém, temos indústrias pagando acima da paridade de exportação. No oeste de SC, temos preços próximos de R$ 28,00 a R$ 29,00 para o cereal. Já no oeste do PR, o valor está ao redor de R$ 25,00", acredita Motter.
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