Milho: Na contramão do dólar, mercado fecha em alta na CBOT nesta 2ª feira
Na sessão desta segunda-feira (23), o mercado internacional do milho fechou o dia em campo positivo na Bolsa de Chicago, com altas de mais de 5 pontos entre os principais vencimentos. Os contratos setembro/15 e dezembro/15 operam e o último encerrou os negócios cotado a US$ 4,14 por bushel.
Assim como aconteceu em algumas outras commodities agrícolas, como a soja, o trigo e o açúcar, por exemplo, os futuros do cereal acompanharam a baixa do dólar e, mais competitivos no quadro internacional, deram continuidade às últimas altas registradas no final da semana passada.
Em um movimento técnico do mercado e superando as médias móveis de 50 dias, os preços foram estimulados ainda pela cobertura de posições por parte dos fundos de investimentos.
"Com o dólar mais fraco, a principal característica do mercado é seguir o movimento de compras de posições por parte dos fundos, iniciado na última sexta-feira. O ouro e o petróleo bruto também operam em campo positivo, complementando o cenário favorável para as cotações do milho", explica o analista de mercado da corretora internacional Futures International, Terry Reilly, à agência de notícias Reuters.
Para trazer ainda mais combustível ao mercado internacional do grão, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe seu novo boletim semanal de embarque de grãos e os números para o milho ficaram dentro das expectativas dos traders.
Os embarques semanais de milho somaram 994,666 mil toneladas, aumentando em relação à semana anterior, de 735,311 mil toneladas. As expectativas do mercado variavam de 790 mil a 1,01 milhão de toneladas. Os EUA já embarcaram, no acumulado da temporada, 21.497,379 milhões de toneladas, contra 21.076,073 milhões do ano comercial anterior. O USDA estima exportações totais dessa safra em 45,72 milhões de toneladas.
No Brasil
No Brasil, os preços praticados na BM&F caminharam ao lada da variação da taxa cambial e terminaram o dia em terreno negativo. Os vencimentos mais negociados nesse momento fecharam o dia perdendo mais de 1% na BM&F.
Enquanto isso, no mercado interno, os preços também apresentaram estabilidade em todas as principais praças de comercialização, com exceção de Cascavel/PR, onde a cotação subiu 2,38% para R$ 21,50/saca. No porto de Paranaguá, o fechamento desta segunda foi de R$ 29,50 por saca.
O mercado brasileiro recebeu ainda, nesta segunda-feira, os números das exportações brasileiras divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Até a terceira semana de março, o Brasil exportou 477,1 mil toneladas de milho, com uma receita que ficou em US$ 95,8 milhões. O preço médio da tonelada do cereal ficou em US$ 200,70.
Uma baixa de 44,3% foi registrada entre fevereiro e março no valor médio exportado pelo Brasil, a quantidade foi 48,2% menor, porém, o preço médio registrou uma valorização, no mesmo período, de 75%. Já em relação a março de 2014, a quantidade apresenta uma redução de 4,6% e o preço médio é 5,4% menor.
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Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
Os movimentos de preços em bolsa não têm mais fundamento algum. Importa mais os discursos dos representantes do FED, o banco central americano. Se falam que vai subir juro, o preço de todos os ativos despenca e o dólar se valoriza. Se dizem que o juro não vai subir, os preços dos ativos sobem e o dólar se desvaloriza. O resto não importa. É uma coisa incrível isso... A pergunta é: até quando vão conseguir enrolar, escondendo que o FED, federal reserve, ou reserva federal em português, está falido?