Milho: Em Chicago, mercado testa recuperação na manhã desta 5ª feira
No pregão desta quinta-feira (26), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam do lado positivo da tabela. Por volta das 9h29 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam ganhos entre 2,75 a 3,00 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 3,78 por bushel, depois de ter fechado o dia anterior a US$ 3,75 por bushel.
Após as perdas do dia anterior, as cotações esboçam uma reação. Segundo o analista de mercado da Jefferies, Vinicius Ito, as ofertas mais baratas de outras origens, como Argentina e Ucrânia, têm contribuído para segurar as cotações e manter os preços mais estáveis. Além disso, as agências internacionais reportam que o mercado também foi influenciado pela queda das cotações do trigo.
Por outro lado, os dados da agência americana de energia indicando uma redução na produção do biocombustível em 1,8% e os estoques subiram para 21,6 milhões de barris, até a semana encerrada no dia 20. Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta novo boletim de vendas para exportação.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: Oferta mais barata de outras origens, mercado fecha sessão em queda pelo 3º dia consecutivo na CBOT
Pelo 3º dia consecutivo, as cotações futuras do milho fecharam o pregão na Bolsa de Chicago (CBOT) em campo negativo. As principais posições da commodity exibiram ligeiras quedas entre 1,50 e 1,75 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 3,75 por bushel, após iniciar o dia a US$ 3,77 por bushel.
De acordo com os analistas, o mercado ainda opera de maneira muito técnica e busca um direcionamento. Para o analista de mercado da Jefferies, Vinicius Ito, os preços do cereal não participam do mesmo rally observado na soja. "Temos uma situação diferente no caso do cereal, é preciso lembrar que, no mercado internacional, o milho dos EUA não está tão competitivo. Há ofertas mais baratas de outras origens, como Argentina e Ucrânia. Fator que tem ajudado a segurar e manter as cotações mais estáveis", explica.
Contudo, o analista sinaliza que, nos próximos meses, as cotações deverão ser influenciadas pelo mercado climático no país. "Ainda temos estoques consideráveis no mundo. Então, deveremos ter os traders prestando mais atenção à semeadura na nova safra norte-americana", afirma Ito.
Paralelamente, informações do site internacional dão conta que, os participantes do mercado já começam a observar melhor a situação da greve dos caminhoneiros no Brasil. Apesar das liminares para desbloqueio de algumas rodovias, em 9 estados a paralisação permanece. Até o momento, entre os setores mais afetados estão o de carne, leite e grão. Por enquanto, a presidente Dilma Rousseff, sinalizou que não irá baixar o valor do diesel, uma das reivindicações dos manifestantes.
Produção de etanol
Segundo dados do site Agrimoney, as plantas de etanol dos EUA, que utilizam especialmente o milho como matéria-prima, cortaram a produção em 17 mil barris por dia até a semana anterior. Com isso, a produção ficou próxima a 947 mil barris por dia, menor índice desde o mês de novembro.
"Os produtores de etanol estão cortando a produção depois de serem espremidos pela maior queda nos preços da gasolina desde 2008", disse um corretor com sede em Iowa US Commodities, em entrevista ao site.
Ainda assim, os estoques de etanol subiram para o maior nível desde abril de 2012. "Isso não é um sinal de demanda bom", afirmou Darrel Holaday, no Country Futures.
Mercado interno
As cotações do milho registraram ligeira alta no mercado interno brasileiro nesta quarta-feira (25). De acordo com levantamento realizado pelo Notícias Agrícola, o valor praticado subiu 5,56% na região de Tangará da Serra (MT), com a saca do milho cotada a R$ 19,00.
Em Campo Novo do Parecis (MT), o preço também aumentou, cerca de 2,94% e a saca terminou o dia a R$ 17,50. Já em São Gabriel do Oeste (MS), a valorização foi de 5,00%, e a saca negociada a R$ 21,00. Na contramão desse cenário, o valor praticado no Porto de Paranaguá, recuou 1,67%, com a saca a R$ 29,50, para entrega em outubro/2015. Nas demais praças, o dia foi de estabilidade.
O valor no porto recuou apesar da forte alta observada no câmbio ao longo do dia. A moeda norte-americana fechou a quarta-feira a R$ 2,8681 na venda, com alta de 1,22%. Conforme dados da agência Reuters, o dólar foi encontrou suporte depois da agência de classificação de risco Moody's rebaixar a Petrobras ao grau especulativo, reduzindo ainda mais a atratividade de ativos brasileiros. E piorando a perspectiva de recuperação econômica do país.
Enquanto isso no Porto de Paranaguá, o fluxo de caminhões no local ficou abaixo do registrado normalmente, segundo dados da assessoria da imprensa. Nessa época do ano, o porto recebe por dia 1.600 caminhões, porém, a média dos últimos dias ficou entre 200 a 248 caminhões por dia. "Perto do horário de almoço, temos 33 caminhões no porto, quando teríamos ao redor de 950 caminhões. Ainda temos produtos disponíveis para exportação entre 3 a 4 dias", disse a chefe da assessoria de imprensa do porto, Ceres Battistelli, em entrevista ao Notícias Agrícolas.
BM&F Bovespa
As principais posições do milho negociadas na Bolsa brasileira encerraram o pregão desta quarta-feira em campo negativo. Os contratos exibiram perdas entre 0,33% e 0,80%. O vencimento março/15 era cotado a R$ 29,60 a saca.
O mercado recuou após os ganhos registrados recentemente. Os analistas destacam que, o mercado está relacionado à movimentação do câmbio, mas tenta buscar um patamar próximo dos praticados nos Portos brasileiros.
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