Milho: Em meio à falta de novidades, mercado mantém tom negativo em Chicago
Ao longo dos negócios desta terça-feira (27), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) permanecem com preços quase inalterados. As principais posições da commodity operam com ligeira alta, próximas da estabilidade. Por volta das 12h49 (horário de Brasília), os contratos exibiam ganhos entre 1,75 e 2,00 pontos. O contrato março/15 era cotado a US$ 3,82 por bushel.
O analista de mercado da Cerrado Corretora de Mercadorias & Futuros, Mársio Antônio Ribeiro, explica que, nesse momento, não há novas informações no mercado de milho que possam ocasionar uma mudança expressiva nos valores praticados. "Com isso, temos os preços operando de lado nos últimos dias", afirma.
E diante dessa falta de novidades, os investidores focam o cenário fundamental, com relação confortável entre oferta e demanda. "Temos um quadro bastante confortável, pois mesmo com a queda na produção dos EUA - indicada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), no último boletim de oferta e demanda -, a os estoques de passagem globais de milho está acima de 185 milhões de toneladas na temporada 2014/15", destaca.
Consequentemente, a tendência é que essa fator continue limitando um possível potencial de alta nos preços, especialmente no primeiro semestre de 2015, sinaliza Ribeiro. Ainda assim, uma possível quebra na segunda safra de milho do Brasil poderia impulsionar as cotações no mercado internacional, conforme acredita o analista de mercado.
"Isso se as perdas forem consideráveis. Imagino que uma redução de até 5 milhões de toneladas não teria um grande impacto nos preços do cereal na Bolsa de Chicago. Por enquanto, a perspectiva é que os preços continuem trabalhando próximos dos atuais patamares", ressalta Ribeiro.
Nesta segunda-feira, os preços recuaram, mesmo com a elevação nos embarques semanais. Segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), até a semana encerrada no dia 22 de janeiro, os embarques ficaram em 886,825 mil toneladas, contra 747,634 mil toneladas do grão registradas na semana anterior.
Na visão do consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, nesse momento, faltam notícias para impulsionar as cotações do cereal.
BM&F Bovespa
Na Bolsa brasileira, os futuros do milho exibem ligeira recuperação no pregão desta terça-feira (27). Por volta das 12h48 (horário de Brasília), os principais contratos registraram valorização entre 0,72% e 0,76%. O vencimento março/15 era cotado a R$ 27,78 a saca.
Após cinco pregões consecutivos de perdas, as cotações voltaram a subir na BM&F Bovespa. Os investidores continuam observando o andamento da colheita da primeira safra de milho no país, mas também o desenrolar da safrinha. Em muitas regiões, os produtores aguardam o retorno das chuvas para tomar uma decisão em relação à segunda safra. Por outro lado, os estoques finais dessa safra são elevados, o que também contribui para pressionar o mercado.
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