Milho: Focado nos fundamentos, mercado reverte ganhos e volta a operar em campo negativo em Chicago

Publicado em 22/01/2015 12:08

Ao longo das negociações desta quinta-feira (22), os futuros do milho até esboçaram uma reação, depois das perdas recentes, porém, o movimento não foi sustentado e as cotações voltaram a operar em campo negativo. Na Bolsa de Chicago (CBOT), por volta das 12h49 (horário de Brasília), as principais posições do cereal registravam quedas entre 3,00 e 3,50 pontos. O contrato março/15 era cotado a US$ 3,84 por bushel.

Para os analistas, o foco dos investidores permanece no cenário fundamental, o quadro confortável entre a oferta e demanda, que diante da falta de informações tem pressionado os preços. Além disso, com a recente e contínua perda nos preços do petróleo, há muita especulação no mercado em relação à uma possível desaceleração na produção de etanol nos Estados Unidos. 

De acordo com informações do noticiário internacional, a empresa Green Biologic, que tem planta em Minnesota, anunciou nesta quarta-feira, que transformará a fábrica de etanol em uma unidade de agroquímicos. A expectativa de redução na demanda interno do país acontece em meio à produção recorde de milho nos EUA e também à perspectiva de uma boa safra esperada da América do Sul.

Em seu último boletim de oferta e demanda, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicou a safra do Brasil em 75 milhões de toneladas e da Argentina em 22 milhões de toneladas na temporada 2014/15. 

Ainda hoje, o Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) estimou a produção mundial de milho em 992 milhões de toneladas na temporada 2014/15. O número representa um crescimento de quase 10 milhões de toneladas, em comparação com o o volume reportado no boletim anterior. Já o USDA aposta em uma produção do cereal próxima de 988,08 milhões de toneladas nesta temporada.

Paralelamente, os participantes do mercado ainda esperam o boletim de vendas para exportação. O relatório será divulgado pelo departamento norte-americano e pode influenciar o rumo dos negócios nesta quinta-feira.

BM&F Bovespa

A desvalorização do dólar permanece pesando nas cotações do milho na Bolsa brasileira. Nesta quinta-feira, o câmbio registra perda de mais de 1,23%, negociado a R$ 2,573 na venda. Conforme informações da agência Reuters, o movimento é decorrente do anúncio do Banco Central Europeu (BCE) de que irá comprar 60 bilhões de euros em títulos mensalmente, com o objetivo de ampliar a liquidez internacional.

Com isso, por volta das 12h26 (horário de Brasília), as principais posições da commodity perdiam entre 0,17% e 0,32%. Apenas o contratos maio/15 era cotado do lado positivo da tabela, a R$ 28,46, com ganho de 0,11%. O vencimento março/15 era negociado a R$ 28,86 a saca.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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