Milho: USDA reduz projeção da safra dos EUA e mercado fecha sessão em campo positivo em Chicago
As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a sessão desta segunda-feira (12) em campo positivo. Os preços futuros subiram ao longo dos negócios, mas devolveram parte dos ganhos no final do pregão. Os vencimentos exibiram altas entre 1,75 e 3,50 pontos. O contrato março/15 retomou o nível dos US$ 4,00 por bushel e era cotado a US$ 4,02 por bushel.
O mercado refletiu o relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgado nesta segunda-feira. O órgão reduziu a estimativa para a safra de milho dos EUA, de 365,97 milhões para 361,11 milhões de toneladas. O mercado apostava em número próximo de 364,9 milhões de toneladas. A produtividade também recuou de 183,52 sacas por hectare, para 180,97 sacas por hectare.
O departamento também revisou para baixo os estoques do país que passaram de 50,75 milhões para 47,68 milhões de toneladas. Na contramão desse cenário, o milho destinado à produção de etanol subiu de 130,82 milhões para 131,45 milhões de toneladas. Já a área plantada registrou ligeira movimentação para 36,67 milhões de hectares, contra 36,79 milhões de hectares projetados em dezembro.
A produção de milho do Brasil e da Argentina ficaram em linha com o relatório de dezembro, em 75 milhões e 22 milhões de toneladas, respectivamente. A safra da China também foi mantida em 215,5 milhões de toneladas para a temporada 2014/15.
A safra mundial foi projetada em 988,08 milhões de tonealdas, contra as 991,58 milhões de toneladas do boletim anterior. Os estoques globais recuaram de 192,20 milhões para 189,15 milhões de toneladas.
Ainda hoje, o USDA indicou os embarques semanais do grão em 500,353 mil toneladas até a semana encerrada no dia 8 de janeiro. O número ficou dentro das estimativas do mercado, entre 460 mil a 640 mil toneladas do cereal, e acima do registrado na semana anterior, de 538,945 mil toneladas.
No acumulado do ano safra, os EUA já embarcaram 12.647,409 milhões de toneladas de milho. No mesmo período do ano comercial anterior, o número era de 12.554,349 milhões de toneladas.
Outro número divulgado pelo USDA e que também refletiu no mercado foi o de estoques trimestrais. Na posição 1º de dezembro, os estoques norte-americanos de milho estavam em 284,56 milhões de toneladas. O volume é maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior, de 265,83 milhões de toneladas. O volume também ficou acima das expectativas do mercado, de 283,50 milhões de toneladas do grão.
Mercado interno
Frente à alta do dólar e do mercado internacional, a cotação do milho no Porto de Paranaguá subiu 3,45%, e alcançou R$ 30,00, para entrega em agosto de 2015. Em Jataí (GO), o preço também subiu para R$ 23,00, uma valorização de 11,65%.
Por outro lado, em Londrina (PR), os preços caíram 2,38%, para R$ 20,50 a saca. Nas demais praças, a segunda-feira foi de estabilidade aos preços do milho, de acordo com levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas.
Hoje, a moeda norte-americana terminou a sessão cotada R$ 2,6682 na venda, com ganho de 1,11%. Conforme dados da agência Reuters, o câmbio corrigiu parte da queda registrada no final da semana anterior, em meio a um dia sem informações econômicas relevantes.
BM&F Bovespa
As cotações do milho negociadas na BM&F Bovespa registraram forte alta na sessão desta segunda-feira (12). Depois de uma semana negativa, as cotações do cereal voltaram a subir e terminaram o dia com valorizações entre 2,75% e 5,16%. A posição março/15 era cotada a R$ 30,78 a saca. Apenas o vencimento janeiro/15 encerrou em queda de 0,22%, negociado a R$ 27,73.
Além do dólar, que encerrou a segunda-feira em alta, o mercado também encontrou suporte nos números das exportações brasileiras. Segundo informações divulgadas pela Secretaria de Comércio Exterior, nos 6 primeiros dias úteis de janeiro, os embarques ficaram em 1,171 milhão de tonelada, com média diário de 195,2 mil toneladas.
Em comparação com o mês anterior, o volume embarcado representa uma alta de 26,1%. Já em relação ao mesmo período do ano passado, no qual, foram exportadas 133,0 mil toneladas diárias, o avanço é de 46,8%.
As exportações do cereal renderam ao Brasil a receita de US$ 214,1 milhões, com média diária de US$ 35,7 milhões. O preço médio da tonelada do cereal ficou em US$ 182,8.
Na semana anterior, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estimou a produção de milho do país em 79.051 milhões de toneladas, entre primeira e segunda safra. O número é apenas 1,1% menor do que o colhido na safra anterior, de 79.905 milhões de toneladas do grão.
A área destinada à safrinha deverá ficar em 9.182 milhões de hectares, mesmo número da safra passada. No total, a segunda safra deverá totalizar 49.410 milhões de toneladas na temporada 2014/15, um aumento de 2,4%, em comparação com o ano anterior, de 48.252 milhões de toneladas.
Veja como fecharam os preços nesta segunda-feira:
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