Milho: Nesta 5ª feira, mercado testa recuperação e exibe ligeiros ganhos na CBOT
Depois das perdas expressivas na sessão anterior, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) opera com ligeira alta na manhã desta quinta-feira (8). Por volta das 9h11 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam ganhos entre 0,75 e 2,00 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 3,98 por bushel.
O mercado do cereal busca uma recuperação após as forte queda desta quarta-feira. Os contratos futuros foram pressionados pelos dados do setor de etanol nos Estados Unidos. Conforme dados da AIE (Administração de Informação de Energia), a produção de etanol recuou mais de 2% até a semana encerrada no dia 2 de janeiro.
Segundo informações do noticiário internacional, os dados mostram que houve uma desaceleração no consumo do biocombustível no país, em meio à queda nos preços do petróleo, que desde outubro já caíram mais de 40%. Além disso, os investidores também aguardam o novo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado na próxima segunda-feira (12).
Ainda hoje, o órgão divulga o boletim de vendas para exportação, importante indicador de demanda.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: Queda na produção de etanol nos EUA pesa e mercado fecha sessão com perdas expressivas
Os principais vencimentos do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) terminaram a sessão desta quarta-feira (7) com perdas expressivas. As cotações futuras do cereal encerraram o dia com desvalorizações entre 8,75 e 9,00 pontos. O contrato março/15 não conseguiu se sustentar e perdeu o patamar dos US$ 4,00 por bushel, cotado a US$ 3,96 por bushel.
No início do pregão, os preços até ensaiaram uma recuperação, movimento que não foi sustentado. Frente à proximidade do novo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado na próxima segunda-feira (12), o mercado voltou a refletir as primeiras projeções das consultorias privadas para a safra norte-americana do grão.
Na terça-feira, a Informa Economics projetou a produção de milho dos EUA em 366,42 milhões de toneladas, contra 365,97 milhões de toneladas indicadas pelo órgão no boletim de dezembro. Inclusive, os analistas já tinham sinalizado que seria uma semana de volatilidade devido à divulgação do novo relatório.
Além disso, durante o dia, o mercado intensificou as perdas apoiado ma queda na produção de etanol nos EUA. Segundo dados da AIE (Administração de Informação de Energia), a produção de etanol recuou 2%, equivalente a 23 mil barris por dia, na semana encerrada no dia 2 de janeiro, em relação à semana anterior. A produção ficou em 949 mil barris por dia. Cenário reflexo da queda nos preços do petróleo e da gasolina.
Desde outubro, a cotação já recuou mais de 40%, conforme explica o consultor de mercado da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica, Carlos Cogo. "Essa situação afeta a margem das usinas de etanol nos EUA e atrapalha uma recuperação nos preços do cereal. E no país, cerca de 35% da produção de milho é destinada à fabricação do etanol", sinaliza Cogo.
O consultor ainda destaca que, o quadro pode ser agravado, caso as cotações do petróleo recuam ainda mais. "Cerca de 18% a 20% de toda a produção de milho mundial é destinada para a produção do etanol, então é um peso grande. E, com isso, teríamos um excedente exportável bastante expressivo, o que atrapalha o movimento de embarque do produto", diz.
Mercado interno
Apesar da leve alta no dólar, o preço do milho no Porto de Paranaguá recuou 1,67%, com a saca cotada a R$ 29,50 ( para entrega em agosto de 2015). Na região de Jataí (GO), o dia também foi de queda de 3,58%, com a saca a R$ 20,73. Nas demanais praças pesquisada pelo Notícias Agrícolas, a quarta-feira foi de estabilidade.
BM&F Bovespa
Na bolsa brasileira, os futuros do milho terminaram do lado negativo da tabela pelo terceiro dia consecutivo. As principais posições da commodity exibiram desvalorizações entre 0,73% e 1,51%. A posição março/15 era cotada a R$ 29,16 a saca, após ter alcançado o patamar de R$ 29,55 a saca no pregão anterior.
O mercado acompanhou o movimento negativo registrado no mercado internacional. Já a moeda norte-americana terminou o dia negociada a R$ 2,7035 na venda, com alta de 0,06%. Na mínima da sessão, o câmbio tocou o patamar de R$ 2,6740, de acordo com dados da agência Reuters.
Ainda assim, os participantes do mercado também aguardam o boletim de acompanhamento de safras da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) que será divulgado na próxima sexta-feira (9). Ainda há muitas incertezas em relação ao real tamanho da primeira safra no Brasil, assim como, a área que deverá ser destinada ao grão na segunda safra.
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