Segurança alimentar, tecnologia e exportação de milho reúnem líderes brasileiros e autoridades na China
Representantes da Maizall Alliance – aliança formada pelas principais associações de produtores de milho do Brasil, Estados Unidos e Argentina – estiveram na China para a primeira visita oficial do grupo. O objetivo é fortalecer o relacionamento com as autoridades chinesas ao abordar temas como aumento da produtividade, segurança alimentar, biotecnologia e barreiras regulatórias e comerciais do milho no mundo.
Participaram da visita o presidente da Abramilho e ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, e o vice-presidente e representante da entidade na aliança, Sergio Bortolozzo. Na ocasião, eles estiveram em um evento sobre segurança alimentar e tecnologia, para apresentar como cada país da Maizall Alliance evoluiu na adoção e regulamentação de produtos biotecnológicos. Além disso, se reuniram com autoridades chinesas para discutir questões referentes ao processo de exportação do cereal.
“É muito importante que os maiores produtores do mundo estejam unidos nesse momento pensando no futuro do setor. A troca de informações é um fator disciplinador, que desmoraliza os radicais”, explica Paolinelli.
Cenário favorável para o milho brasileiro
Para Paolinelli, a viagem à China aconteceu em um momento positivo para o milho brasileiro. Recentemente, o governo firmou um acordo com a China para exportação do cereal, no qual poderá vender o equivalente a U$S 4 bilhões, ou 10 milhões de toneladas, para o país asiático. “O Brasil caminha para se tornar um dos maiores fornecedores do produto para a China. Esse acordo melhora muito a condição do Brasil como exportador e dá condições para o produtor brasileiro trabalhar. Ligamos para o ministro Antonio Andrade para agradecer e elogiar a iniciativa”.
Além disso, o governo brasileiro estabeleceu o Memorando de Entendimento entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o Ministério da Agricultura chinês, que criou o Grupo de Trabalho Conjunto sobre Biotecnologia Agrícola e Biossegurança. O Memorando assinado prevê a regulamentação de biossegurança e biotecnologia, procedimentos e critérios para a avaliação de risco e mecanismos de aprovação de OGMs, status de aprovação e regulamentação pós-aprovação, entre outros, que tem por objetivo trazer maior previsibilidade e clareza ao longo do processo regulatório chinês de novos eventos biotecnológicos.
O Brasil elevou sua produção de milho em cerca de 60% nos últimos 10 anos, e atingiu um recorde acima de 80 milhões de toneladas na safra 2012/13. Sergio Bortolozzo destaca que esse resultado não seria possível sem a adoção da tecnologia nas lavouras. “82% da área plantada com tecnologia avançada gera 97% da produção de milho no Brasil. Os 18% da área restante representam somente 3% da produção. Isso mostra, claramente, a importância da tecnologia para atingir a alta produtividade”, reforça.
A biotecnologia vem apresentando crescimento acentuado no Brasil. Nas duas últimas safras de milho representou uma média de 76,1% das lavouras. “Somos privilegiados por poder realizar duas safras anuais. O Brasil já pode se considerar um dos grandes abastecedores mundiais de milho”, finaliza Bortolozzo.
3 comentários
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LUIZ CARLOS SOBRINHO Aparecida de Goiânia - GO
Caro Sr. Liones severo, agradeço sobre o esclarecimento sobre a exportação para a china, mas tenho conhecimento que alguma exportação de Frango do Brasil para a china não foi bem sucedida e tem mais o FANTASTICO anunciou algumas bijouterias vindo da China apresentando contaminação para quem usa e o Brasil não conseguiu detectou isso, logo eles não são tão inocentes assim.
- Todo cuidado é pouco. sds LcsLiones Severo Porto Alegre - RS
Os processos de aprovação da biotecnologia são claros e do conhecimento dos países exportadores e importadores. As tolerâncias dos contratos internacionais tem clausulas especiais sobre esta matéria. Se houver um problema comprovado de ´erro involuntário` ou ´sabotagem`, a carga é imediatamente destruída pelo país importador. Porém, quando chegam várias cargas com material não aprovado, fica caraterizado fraude e as cargas são rejeitadas. Agora, dizem que mais 2 cargas de milho norte-americano foram rejeitadas pela China. Pudera os norte-americanos sabiam que o milho não estava aprovado pela China, até porque destinaram os navios para muitos portos diferentes da China, para tentar passar... Lamentável porque para muitos os chineses é quem são os culpados.
LUIZ CARLOS SOBRINHO Aparecida de Goiânia - GO
- Está é uma noticia muito boa, vender é fácil.
- Difícil é entregar o milho e os chineses não DEVOLVER. - Assim como fizeram com os EUA. - Bom mesmo é fazer a analise do milho antes de seguir viagem, na hora do embarque. - E tem mais, como vamos aumentar as vendas se não temos infra - estrutura para exportar. - Para chegar até os Portos, sem inflacionar o FRETE. - No nosso País, produzir muito pode ser lucro menor