UNICA: nota à imprensa sobre o mercado de CBIOs
Ao longo dos anos, o Brasil construiu a mais sólida política ambiental para a matriz de transportes do mundo, um ativo desejado por todos os países. Só o uso do etanol já evitou a emissão de 515 milhões de toneladas de CO2eq desde 2003 e evitará outras 700 milhões de toneladas nos próximos anos com o Renovabio, a partir dos créditos de descarbonização (CBIOs).
Embora tenhamos inúmeras razões para comemorar, já que o rigoroso processo de certificação se revelou um sucesso, a transparência do mercado com a presença da B3 tem garantido a liquidez necessária, entre tantas outras, ficamos escandalizados com a postura de algumas distribuidoras que não embarcaram no trem do século XXI. Elas questionaram judicialmente as metas de redução de emissões de CO2. Em outras palavras, querem autorização judicial para poluir mais, o que já estava também na manifestação do Instituto Brasileiro do Petróleo enviada à imprensa na última semana.
Esperamos que as autoridades constituídas impeçam tais avanços, já que a lei considera “infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente” (art. 70, da lei 9.605/98). Esperamos, ainda, que tais entidades e companhias se apressem para não perder, na próxima parada, o trem da sustentabilidade, que já partiu. Qualquer coisa diferente disso será um inaceitável atentado contra o Brasil e contra os brasileiros.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), por seu turno, já acionou o seu corpo jurídico para averiguações e tomará as providências para que a Política Nacional de Biocombustíveis – RenovaBio seja cumprida e as metas de descarbonização atingidas.
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