Startup brasileira conquista maior base de dados digitalizados sobre pulverização agrícola no mundo
A startup brasileira Perfect Flight chegou ao mercado há cinco anos com uma solução inovadora e disruptiva, capaz de oferecer inteligência de dados detalhados para aplicação aérea de defensivos agrícolas. Desenvolvida por profissionais brasileiros, a tecnologia promoveu avanços na cadeia de rastreabilidade de agroquímicos, permitindo um monitoramento preciso, rentável e sustentável. Situação que fez a AgTech atuar ao lado das principais companhias agrícolas e de produtores rurais do país, validando dados e orientando para uma performance eficaz, e alcançar recentemente a maior base de dados digitalizados sobre pulverização da agricultura mundial.
Essa conquista é consequência de mais um novo passo na evolução da empresa: neste mês, a Perfect Flight atingiu a marca de históricos 10 milhões de hectares monitorados, com um média de processamento de 100mil hectares/dia. “Esse volume de dados e a inteligência gerada por eles chancela a importância do uso da ferramenta em diferentes culturas – soja, milho, algodão, laranja, florestas, cana-de-açúcar, arroz e hortifrúti –, impactando em tomadas de decisões cada vez mais assertivas e, até mesmo, preditivas”, diz Leonardo Luvezuti, diretor de negócios da AgTech.
Ainda de acordo com Luvezuti, ter o maior banco de dados da pulverização mundial auxilia a posicionar o país com ainda mais força no cenário agro, inclusive desmistificando a atividade da aviação agrícola, que completa 74 anos no Brasil e 100 anos no mundo em 2021. “Ter a gestão dos dados mostra a preocupação e a evolução da agricultura brasileira, já que impulsiona a capacidade de geração de insights na busca por aumento de eficiência, redução de custos e melhoria nos índices de sustentabilidade e de proteção do entorno, do meio ambiente e de áreas de preservação. Cenários que melhoram constantemente com o uso das soluções da Perfect Flight.”
A aviação agrícola está presente em 24 estados brasileiros, atuando em todas as lavouras estrategicamente importantes para o Brasil. O presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Thiago Magalhães Silva, ressalta que a atividade é ferramenta de segurança alimentar e sustentabilidade. “Possui alta tecnologia embarcada e é a única ferramenta para o trato de lavouras com regulamentação específica. Sem falar que é a que mais tem exigência de alta formação técnica do pessoal envolvido nas atividades de campo”, explica.
A força produtora do Brasil
Em 2020, a população mundial chegou a 7,8 bilhões de pessoas e estimativas da ONU apontam que esse número deve chegar a 9,8 bilhões em 2050. E, lá em 2012, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) já estimava que, para alimentar esse incremento da população, seria preciso aumentar entre 70% e 80% a produção de alimentos. Nos últimos 40 anos, conforme evidencia o presidente da Sindag, o Brasil aumentou a produção em mais de 200% e, agora, já exporta para mais de 150 países.
Paralelamente, estudos da Embrapa e da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) indicam que mais de 65% da vegetação nativa brasileira está preservada e que mais de 25% da área do país está conservada dentro das fazendas, o equivalente a aproximadamente 50% da área total dos imóveis rurais. “Para manter esse nível de preservação ambiental e atingir parâmetros de produtividade que atendam à necessidade de alimentos, é preciso tecnologia. Tanto na ponta, dentro da lavoura, quanto no auxílio à gestão. No caso da aviação agrícola, trabalhamos forte estas duas faces: tecnologia embarcada e gestão, para consolidarmos a reputação de eficiência, e sustentabilidade”, diz Silva.
Os resultados da busca por eficiência da aviação agrícola, inclusive, podem ser avaliados a partir de dois fatores, de acordo com o Sindag: o crescimento da frota – que tem ficado na faixa dos 3% nos últimos anos; hoje, a frota aeroagrícola brasileira é de cerca de 2,3 mil aeronaves – e o número de horas médias voadas por ano. Conforme cálculos do sindicato, a média voada no Brasil é de 500 horas/ano para cada operador, enquanto nos EUA, que têm uma frota quase 60% maior que a brasileira, a média voada é de 275 horas por operador.
Nesse cenário, o incremento do uso de tecnologia de ponta no setor, como o sistema da Perfect Flight, e a busca crescente, por parte dos produtores, de maior eficiência nas lavouras, otimiza ao máximo o uso de insumos, que representam uma parcela grande do custo de produção. Sem falar na sustentabilidade ambiental: produzir mais sem gerar um aumento de área que possa colocar em risco reservas e outras áreas ambientalmente sensíveis.
Crescimento contínuo
Desde que iniciou as operações, a Perfect Flight vem dobrando o faturamento e o número de hectares monitorados a cada ano. A AgTech conta com alguns dos maiores players do agro global como clientes (entre eles, Raízen, Amaggi, Tereos, SLC e International Paper) e, atualmente, está presente em mais de 100 cidades brasileiras, nos principais estados agrícolas do país, com mais de 56 clientes ativos – que somam um número superior a 100 unidades produtoras. Além disso, para a safra 20/21, já tem contratos com Argentina e Honduras e, ainda, está abrindo operação com os Estados Unidos.
“A Perfect Flight iniciou 2021 com uma estratégia Global para levar as tecnologias de inteligência e gestão de pulverização aérea para um novo patamar no Brasil e em todo o mundo. A proposta é acelerar a expansão internacional e levar essa inteligência, que reduz custos, aumenta a eficiência e auxilia a produção de alimentos de forma sustentável, para muitos outros países nos próximos anos”, pontua Rodrigo Iafelice dos Santos, Conselheiro Estratégico da empresa.
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