Nova Ponte sobre o Rio Araguaia vai facilitar a integração e o escoamento da produção mato-grossense
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) considera a conexão rodoviária dos estados de Goiás (GO) e Mato Grosso (MT), por meio da ponte estaiada sobre o Rio Araguaia, como uma solução crucial para melhorar a logística na região e tornar-se uma rota importante de escoamento de produtos do Estado, integrando-se ao Complexo do Corredor Centro-Norte.
A nova ponte foi erguida na BR-080/GO, entre o povoado Luiz Alves, em São Miguel do Araguaia - Goiás (GO), e Cocalinho - Mato Grosso (MT). A estrutura de 1.031 metros de extensão, duas passarelas e 31 metros de altura do gabarito de navegação, vai possibilitar a integração de um importante corredor de escoamento de grãos produzidos na região do Araguaia.
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), haverá dois acessos: na margem direita, do Km 406,20 ao Km 410,30, a partir do acesso ao povoado de Luiz Alves pela BR-080/GO e, na margem esquerda, do Km 0 ao 0,640, no município de Cocalinho (MT). Dando início à BR-080/MT, totalizando 5,77 quilômetros.
Para o presidente da Famato, Vilmondes Tomain, ao concluir a construção da ponte, serão alcançados os benefícios da integração entre os estados de Goiás e Mato Grosso, bem como o favorecimento do transporte de produtos agropecuários mato-grossenses, o desenvolvimento das regiões norte de Goiás e nordeste de Mato Grosso e o benefício a população dessas regiões.
“Contudo, ainda será necessária a construção da rodovia que irá ligar a ponte sobre o Rio Araguaia até o entroncamento com a BR 158 em Ribeirão Cascalheira – previsto no Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do Governo Federal. A emissão do Licenciamento Ambiental para a rodovia, está em fase de análise pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), uma vez que o Estudo do Componente Indígena foi elaborado pelo DNIT e já foi protocolado no órgão licenciador”, explicou Tomain.
De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), considerando que a maioria da produção da região nordeste de Mato Grosso é destinada ao Arco Norte, e a ponte permitirá acesso a essa área, ela terá potencial de transporte de 15,99 milhões de toneladas, quando somado a produção de soja e milho da safra 21/22, além de 5,4 milhões de cabeças de gado, conforme dados de rebanho da região de 2022.
“A ponte será estratégica para a melhor eficiência, escoamento de safras e transportes de insumos. Mais competitividade, redução nos custos logísticos, abertura de mercados e rentabilidade para o produtor rural”, finalizou o presidente da Famato, Vilmondes Tomain.
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