Fiscais agropecuários esperam audiência com ministra na próxima semana

Publicado em 06/01/2022 17:50

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SÃO PAULO (Reuters) – Os auditores fiscais agropecuários, que desde o final do mês passado realizam operação “padrão” para protestar pela reestruturação da carreira e pela realização de concursos públicos, esperam ser recebidos pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, na próxima semana.

O objetivo do encontro seria negociar uma solução que possa encaminhar as reivindicações dos fiscais, cujo movimento tem tornado mais lentas as liberações de mercadorias agropecuárias na importação e exportação.

“Estamos com expectativa positiva de que ela (ministra) nos receba na próxima semana”, afirmou o presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo de Macedo, à Reuters.

Segundo ele, o setor busca reestruturação de carreira, com implicações que vão além de questões salariais, e também deseja concursos públicos, uma vez que haveria um déficit de 1.600 fiscais agropecuários no país.

“O prazo de duração da mobilização é indeterminado. Estamos buscando interlocução com o Ministério da Agricultura”, acrescentou o sindicalista.

“Ainda não tivemos conversas (com o ministério), temos expectativa de sermos recebidos pela ministra, quando ela voltar do período de recesso”, disse.

Procurado mais cedo, o ministério disse que está monitorando o tema e avaliando eventuais impactos, e que, caso necessário, adotará medidas para garantir “a normalidade de serviços afetados”.

O presidente do Anffa Sindical evitou falar sobre os impactos da operação “padrão” para as exportações e importações agropecuárias do Brasil.

Mas ele disse que os produtos que não estão entre as prioridades podem ter “algum tipo de alongamento” na fiscalização.

A categoria definiu como prioritárias atividades que podem afetar diretamente o cidadão, como a liberação de cargas vivas, a fiscalização de bagagens de passageiros e de animais de estimação.

A operação “padrão” também não atinge a fiscalização de produtos perecíveis e o diagnóstico de doenças e pragas, evitando comprometer programas de erradicação e controle de doenças.

Macedo disse ainda que é difícil mensurar os impactos do movimento dos fiscais, porque simultaneamente funcionários da Receita Federal também realizam um protesto.

A movimentação das categorias tem como pano de fundo a decisão do presidente Jair Bolsonaro de incluir na peça orçamentária do próximo ano reajuste apenas para os policiais da esfera federal, PRF e PF.

(Por Roberto Samora)

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Fonte:
Reuters

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